O ex-deputado federal Cândido Vaccarezza recebeu cerca de US$ 430 mil em propina para cada contrato celebrado entre a Petrobras e a Sargeant Marine, entre 2010 e 2013, segundo a investigação da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público Federal (MPF).
Ele foi preso, em São Paulo, suspeito de favorecer a empresa americana em contratos com a petrolífera.
A prisão de Vaccarezza ocorreu a partir da deflagração da 44ª fase da Operação Lava Jato, denominada Operação Abate. os agentes encontraram a quantia de R$ 122 mil em espécie na casa do ex-deputado durante as ações. “Ele não conseguiu justificar [a origem do valor]. No monitoramento da pessoa, identificou-se que ele está pagando despesas do partido, provavelmente com esse dinheiro”, disse o delegado da PF Filipe Hille Pace.
Segundo a investigação, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, e o PT, foram os outros beneficiários das propinas pagas nesse esquema. A PF disse que a ação criminosa resultou na celebração de doze contratos entre a Petrobras e a Sargeant Marine de cerca de US$ 180 milhões em favor da empresa americana. As informações obtidas na delação premiada de Paulo Roberto Costa foram o ponto de partida para as investigações que culminaram na deflagração da 43ª e da 44ª fases da Lava Jato.
Além do ex-deputado Vaccarezza, a PF prendeu o ex-gerente da Petrobras, Márcio Albuquerque Aché Cordeiro, e o operador financeiro, Henry Hoyer de Carvalho. Outro ex-gerente da petrolífera, Dalmo Monteiro Silva, e Luiz Eduardo Loureiro Andrade, da empresa Sargeant Marine, também são alvos das operações de hoje, mas ainda não foram presos por estarem fora do país.
Os presos foram transportados para Curitiba (ABr).