O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) decidiu manter a condenação do pecuarista José Carlos Bumlai, do ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, e do ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró, em um dos processos a que respondem na Lava Jato.
Os empresários Salim Taufic Schahin e Milton Taufic Schahin, sócios do Grupo Schahin, também tiveram suas condenações a nove anos e dez meses de prisão mantidas.
Já o operador Fernando Falcão Soares, conhecido como Baiano, teve sua pena reduzida de seis anos para cinco anos e seis meses em regime semiaberto. Entre os crimes imputados aos reús estão lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta e corrupção passiva e ativa. Apenas Fernando Schahin teve sua condenação revertida, sendo absolvido pelo TRF4. Bunlai foi condenado a nove anos e seis meses de prisão pelo juiz Sergio Moro, responsável pela Lava Jato na primeira instância, enquanto Vaccari foi sentenciado a seis anos e oito meses em regime semiaberto. Cerveró foi condenado, também por Moro, a seis anos e oito meses.
De acordo com a denúncia do MPF, o Banco Schahin concedeu, em outubro de 2004, um empréstimo de R$12,1 milhões a Bumlai. O dinheiro, no entanto, teria como beneficiário real o PT, tendo o pecuarista sido utilizado somente como pessoa interposta. O empréstimo, com vencimento previsto para novembro de 2005, não foi pago e nem tinha garantia. Segundo o MPF, em troca pela operação o grupo Schahin teria sido beneficiado na contratação do Navio-Sonda Vitoria 10.000 pela Petrobras, o que ocorreu em 28 de janeiro de 2009 pelo valor de US$ 1,5 bilhão (ABr).