A venda de carros elétricos vem aumentando no Brasil. Segundo dados da Anfavea, a expectativa é que em 2021 haja crescimento de até 150% no número de emplacamentos deste tipo de veículo em comparação ao ano de 2020. A expansão do mercado automotivo permite novas modalidades de negócios para aqueles que decidem investir, considerando uma necessidade crescente de infraestrutura representada, por exemplo, por carregadores elétricos.
Assim, a implementação desses aparelhos vai além da oferta de um serviço e se torna uma estratégia e, até mesmo, parte de um projeto rentável. Segundo Rodrigo Aguiar, sócio-fundador da Elev, “a realidade dos veículos elétricos é atual. Assim, quem aposta na eletromobilidade investe no futuro, o Brasil com um dos grandes players do mercado automotivo mundial está indo por força do mercado também neste sentido.
Posto isto, vemos que temos uma oportunidade de negócio neste momento”, afirma.
O especialista listou 5 motivos para transformar os carregadores de carros elétricos em um negócio. Confira!
- – Tendência do mercado – Montadoras já consolidadas deram prazo para retirar motores a combustão da sua linha de montagem. Entre elas, Nissan, Volvo e Honda – gigantes do mercado de produção de veículos. Ainda, segundo dados da ABVE (Associação Brasileira do Veículo Elétrico), o total de estações de recarga públicas e semi públicas no Brasil aumentou de 500 pontos para 754 no período entre março e julho de 2021.
Com esses dados, as evidências do crescimento desse espaço de mercado estão cada vez mais claras e a oportunidade de negócios é grande, já que, para Rodrigo Aguiar, o Brasil, como um dos grandes atuantes no mercado automotivo mundial, está seguindo para o mesmo caminho.
- – Diferencial em prédios comerciais e residenciais – A falta de infraestrutura no Brasil para suportar o abastecimento dos veículos ainda é um empecilho. Por isso, cada vez mais, os carregadores de carros elétricos serão um diferencial para a venda ou locação de um imóvel.
Dessa forma, a instalação desses aparelhos se torna uma aplicação para o futuro – já que os donos de veículos elétricos tem como seus principais pontos de recarga as suas próprias residências.
“As residências – apartamentos na sua maioria – ainda estão se adequando a instalação de carregadores, portanto existe um espaço muito atrativo de se trazer este público para seu comércio, para seu prédio comercial e residencial, que principalmente com a pandemia, apresenta uma grande demanda”, diz o especialista.
- – Possuem seu próprio público-alvo – O público que acessa serviços de carregamento ainda é seleto, porém, com a tendência de barateamento de veículos elétricos, a partir do desenvolvimento de novas tecnologias – que tornam as baterias mais baratas e geram mais autonomia – e com o crescimento da consciência ambiental do consumidor, os donos de carros elétricos devem aumentar. No momento, portanto, a compreensão de um público-alvo existente, mas com tendências de mudança e expansão, é uma das chaves para o sucesso.
Segundo Aguiar, “pensar em uma estratégia de marketing assertiva, atrelado à definição correta do tipo de carregador que seu público alvo exige, além de um local limpo, acessível e bem estruturado são diferenciais para garantir um cliente ativo. A determinação se a carga será gratuita ou paga é outra decisão que varia em função do público alvo e negócio”.
- – Governança social, ambiental e corporativa – O futuro da mobilidade urbana está diretamente ligado ao meio ambiente. Sabe-se que, atualmente, um dos maiores emissores de carbono é o transporte. O desenvolvimento de ações que colaborem para a expansão dos carros elétricos está, portanto, ligado diretamente às políticas de ESG.
Então, adotar frotas de veículos elétricos, além dos benefícios já conhecidos e da diminuição dos gastos com combustíveis, também é uma prática consciente. “Além de conseguir alavancar suas vendas, você mostra ao mercado e seus clientes a responsabilidade e compromisso ambiental de seu negócio. Que a visão de sua empresa é moderna e atualizada as necessidades de todos”, diz Rodrigo.
- – O mundo está em transformação e é preciso acompanhar a mudança – A palavra de ordem é transformação. Atualmente, segundo o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), os meios de transporte são responsáveis por 25% das emissões de gases de efeito estufa no planeta.
Ainda, com o Tratado de Paris, o mundo se une com o objetivo de limitar os efeitos do aquecimento global em 1,5ºC. Caso não seja cumprida, o aumento da temperatura pode causar efeitos severos na forma que conhecemos a vida humana.
Portanto, a transformação se torna mais do que uma tendência; é uma necessidade que impacta diretamente no futuro dos negócios relacionados à mobilidade. Para Rodrigo Aguiar, “a resposta da população mundial e principalmente das corporações quanto à responsabilidade ambiental demonstra que o segmento de transportes é um dos grandes vilões do clima no planeta”, finaliza. – Fonte e outras informações: (https://elevmobility.com/).