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Temer saúda Guterres como secretário da ONU e ressalta fato de ele ser português

em Destaques
segunda-feira, 31 de outubro de 2016

O presidente Michel Temer aproveitou a abertura da XI Conferência de Chefes de Estado e de Governo da Comunidade dos Países da Língua Portuguesa (CPLP), no Itamaraty, para saudar mais de uma vez a presença do novo secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, que está na cerimônia.

Após uma fala de Guterres na cerimônia, Temer ressaltou o fato de ele ser português e disse esperar que isso pudesse ajudá-lo a disseminar a língua na ONU. “Quem sabe não fazemos com que no seu período o português seja a língua oficial da ONU”, disse.
Temer destacou novamente o fato de o Brasil ser o novo presidente da CPLP e lembrou o seu discurso na ONU, em setembro, e disse que o mundo precisa de equilíbrio para erradicar conflitos. “Como disse na ONU, temos que ter os pés no chão e sede de mudanças”, afirmou.
Temer disse ainda que apenas com a abertura ao diálogo e a vocação de liderança é que será possível resolver os conflitos. “Sem essas virtudes não daremos cabo aos focos de tensão que atingem diferente países, com violações de direitos humanos. Não venceremos a carência econômica e social que continuam a afetar (os países)”, afirmou, ressaltando que o êxito de Guterres na ONU “será um êxito de todos nós”.
Temer destacou ainda que mais de 250 milhões de pessoas falam português e são “unidas por fortes laços culturais”. Segundo ele, na presidência do órgão, o Brasil terá a visão de defender “uma CPLP que responda as demandas de nossas populações”. “Propósito da presidência brasileira é contribuir com uma CPLP moderna e afinada com as nossas realidades.”
O presidente brasileiro citou ainda a ex-primeira-ministra britânica Margaret Thatcher e disse que leu recentemente um discurso dela que é bastante atual. Segundo ele, a britânica falava que não existia diferença entre o dinheiro público e privado. Sem citar a PEC do teto dos gastos, o presidente voltou a dizer que “é preciso conter a despesa pública, porque só pode gastar aquilo que arrecada” (AE).