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Ship From Store: vale a pena para o seu negócio?

em Destaques
segunda-feira, 26 de setembro de 2022

Com o e-commerce se tornando cada vez mais comum no cotidiano dos brasileiros, os varejistas têm adotado estratégias para se adaptar às novas formas de consumo e garantir a rentabilidade das empresas.

Um levantamento da NielsenIQ, que ouviu 2 mil pessoas em todo o país, mostrou que mais de 91% dos entrevistados devem realizar compras pela internet neste segundo semestre de 2022 — o que revela o novo hábito da população em consumir de forma online, tendência impulsionada pela pandemia.

Atentos a esse movimento, os lojistas presenciais no Brasil passam a implementar novas modalidades de vendas que visam integrar o físico e o virtual. Uma das mais famosas é o Ship From Store (SFS): estratégia que utiliza o estoque da loja como centro de distribuição.

Dessa forma, os produtos da loja são enviados para os clientes que compram em e-commerces, marketplaces e demais canais da empresa, como telefone e WhatsApp, ou então os próprios clientes buscam suas compras no local.

A principal vantagem do Ship From Store para o varejo é o ganho na agilidade das entregas, ao passo que reduz os custos da operação. Como os centros de distribuição geralmente estão localizados longe das cidades, os produtos comprados pelo consumidor de forma online demoram mais tempo para chegar e demandam maior custo de frete do setor logístico, já penalizado pela alta dos combustíveis.

Com o SFS, no entanto, a entrega pode ocorrer em questão de horas ou o trabalhador pode pegar sua compra a caminho do trabalho, por exemplo. Para Maurício Romiti, diretor financeiro da administradora Nassau Empreendimentos, ao transformar as lojas em pontos de distribuição, o Ship From Store acaba ampliando a rede logística, trazendo agilidade, reduzindo custos e melhorando o resultado das lojas.

Nesse sentido, pequenos lojistas podem aplicar a modalidade ao negócio sem a necessidade de grandes centros de distribuição. “Trazendo para a realidade mais próxima, a grande maioria de compras de mercado feitas em aplicativos saem de lojas locais comuns”, exemplifica.

O diretor chama atenção, no entanto, para as operações necessárias à adoção do modelo, que impõem desafios de ordem logística aos varejistas. “É necessário que o controle de estoque seja efetivo, com vendedores treinados e integração dos estoques do site e do espaço físico. Deve ser feita uma reposição ágil do que é vendido e os itens comprados pela internet têm que estar sempre disponíveis na loja para entrega, assim como para devoluções e trocas”.

Guilherme Juliani, CEO do grupo Grupo Move3 – responsável por empresas como Flash Courier, Moove+, Moove+ Portugal, a gráfica JallCard, a fintech M3Bank, a startup goX Crossborder e a empresa de entregas Rodoê – crê que a estratégia traz muitos pontos benéficos para o negócio, como a menor ociosidade dos funcionários, maior rotatividade do estoque e redução de perdas das vendas.

“Um consumidor que deseje comprar online um produto que está indisponível no centro de distribuição poderá adquirir o mesmo produto da loja sem precisar ir até ela, e a empresa não perderá a venda”, pontua. Para ele, a transformação das lojas físicas em hubs de distribuição virtual deve contar com o auxílio de tecnologias aplicadas à logística, como forma de aumentar a qualidade do serviço e a satisfação do cliente.

A Moove+, uma das empresas do grupo, oferece o serviço de Ship From Store utilizando a inteligência artificial para facilitar a entrega. É operado um sistema próprio de gestão de rotas para direcionar os pedidos para entregadores próprios ou autônomos que estiverem mais próximos do local da coleta, em picos de demandas.

O cliente, por sua vez, poderá acompanhar o entregador, via SMS, em tempo real, visualizando que o seu pedido está a caminho e o tempo médio para realização da entrega. – Fonte e outras informações: (https://www.nassau.net.br/).