Após 5 anos consecutivos de queda na receita da indústria de máquinas e equipamentos, que levou o setor a encolher 47% no período, 2018 encerrou com crescimento de 7% em relação a 2017.
Esses são alguns dos indicadores conjunturais mostrados em pesquisa elaborada pelo Departamento de Economia e Estatística, da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).
De forma geral, o crescimento observado nas vendas se deu no mercado externo (+7,1%), no mercado doméstico houve relativa estabilidade (+0,3%). Para este ano, a expectativa é de manutenção do crescimento na receita total do setor, mas em taxas pouco abaixo das observadas em 2018, ao redor de 5 a 6%, e, puxadas, predominantemente, pela demanda interna, que deve crescer 10%.
“No mercado doméstico, a tendência é de recuperação pulverizada em vários setores da economia e, no setor de infraestrutura, caso as medidas propostas venham a se consolidar, os resultados positivos aparecerão a partir do segundo semestre”, analisa João Carlos Marchesan, presidente da Abimaq, para quem as exportações que voltaram aos níveis pré-crise, deverão manter suas elevadas contribuições nas vendas do setor em 2019.
O segmento de máquinas e equipamentos encerrou o ano de 2018 com crescimento de 7,1% nas exportações em comparação à 2017. O destaque para o forte aumento das vendas externas foi no setor de óleo e gás (+43%), os setores de bens de capital (+12%) e na construção civil (+7,8%). Em 2018, o setor retomou ao processo de contratações, após 4 anos consecutivos de redução da mão de obra, e reempregou quase 10 mil pessoas (AI/Abimaq).