A América Latina é a única região que não possui proteção de seu mercado, na contramão do movimento observado em todo o mundo, disse ontem (5), o presidente executivo do Instituto Aço Brasil (IABr), Marco Polo de Mello Lopes.
E que o setor pode discutir uma maior abertura comercial, mas que é preciso se colocar na mesa a correção de assimetrias competitivas vividas hoje pela indústria brasileira. Lopes disse que o mundo, como um todo, possui um viés protecionista, mas que o Brasil possui, por sua vez, um viés “pseudo-liberal”.
O IABr, ao lado de outras nove entidades, como a Abimaq, de máquinas e equipamentos, e a Anfavea, da indústria automobilística, formaram um grupo de “coalização empresarial da indústria” que já tem conversado com a equipe de transição do governo eleito, na defesa de uma agenda para o ajuste fiscal, associado à aprovação das reformas da Previdência e tributária.
“Nos reunimos para fazer uma avaliação e pela importância de estarmos juntos e buscar uma agenda para o Brasil, para permitir que o País volte a crescer”, disse Lopes. Além dessa pauta, o grupo quer colocar na mesa, como prioridade, a retomada de investimentos na construção civil e em infraestrutura e, ainda, fomento às exportações. Lopes destaca que, apesar do crescimento das vendas neste ano, para um volume de 18,83 milhões de toneladas, a queda em relação a 2013 é de 22,8% (AE).