Denis Furtado (*)
A crescente interconexão e dependência de tecnologia no mundo corporativo tornam organizações de todos os tamanhos suscetíveis a ataques cibernéticos. Isso inclui pequenas e médias empresas que, muitas vezes, subestimam a necessidade de medidas robustas de segurança da informação.
Essa falsa sensação de segurança pode ser desastrosa, especialmente considerando a velocidade com que os cibercriminosos agem. Por exemplo, no fim de 2018, uma empresa de tecnologia no Paraná foi alvo de um ataque de ransomware. Os criminosos criptografaram os sistemas da organização e exigiram um resgate para desbloqueá-los. A empresa não pagou e perdeu todos os dados.
A gigante Americanas (AME3) divulgou ter enfrentado uma perda financeira significativa, de aproximadamente de 1 bilhão de reais, decorrente de um incidente de hacking no início do ano passado. Outra gigante, a Johnson Controls International, uma fornecedora de soluções para automação industrial e predial, anunciou que o ataque de ransomware que sofreu em setembro de 2023 resultou em despesas no valor de US$ 27 milhões.
Dados alarmantes da FEBRABAN TECH revelam que o Brasil foi o segundo país mais visado na América Latina em 2022, com um aumento de 16% nas tentativas de ataques cibernéticos em relação ao ano anterior. O setor financeiro, embora seja o principal alvo (45% dos ataques), não é o único: empresas de todos os segmentos estão suscetíveis a sofrer graves perdas financeiras, danos à reputação e interrupção das operações.
Os impactos dos cibercrimes vão além dos prejuízos financeiros, atingindo a reputação das empresas e interrompendo suas operações. Em 2022, as empresas brasileiras amargaram uma perda de R$ 60 bilhões devido a cibercrimes, segundo dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Além disso, a exposição a ataques pode levar à perda de clientes e negócios, prejudicando a imagem construída ao longo dos anos.
A urgência na resposta a ataques cibernéticos é um ponto fundamental que muitas vezes é subestimado. A detecção imediata e a capacidade de resposta rápida são elementos essenciais para mitigar danos. É aqui que entra a necessidade soluções específicas, que ofereçam uma abordagem automatizada para identificar, analisar e responder a ameaças em tempo real.
Empresas que confiam apenas em abordagens manuais podem até identificar problemas de segurança, mas a velocidade de reação prejudica o resultado. A automação proporcionada por uma ferramenta especializada não apenas acelera a detecção de ameaças, mas principalmente a reação, que é o que de fato evita consequências graves. Por isso é fundamental entender a diferença crucial entre abordagens manuais e soluções automatizadas quando se trata de segurança digital.
O tempo é o fator decisivo que separa a contenção eficiente de um ataque e potenciais danos irreparáveis. A capacidade de reação imediata é o elemento de maior peso em uma estratégia eficaz de cibersegurança. Investir em segurança da informação não é apenas uma questão de proteger dados, mas sim de garantir a continuidade das operações e a competitividade das empresas no mercado digital.
A adoção de soluções automatizadas e a implementação de uma cultura de segurança cibernética são medidas essenciais para reduzir os riscos e fortalecer a resiliência das empresas frente às crescentes ameaças do mundo digital. A mensagem é clara: a detecção em tempo real e a capacidade de resposta imediata são as armas mais eficazes contra os crescentes riscos cibernéticos!
A cibersegurança não é uma opção, é uma necessidade inegociável para qualquer organização atuante no mundo digital. Já tinha pensado nisso? Se não, já passou da hora de rever os seus conceitos.
(*) – É engenheiro de sistemas e diretor da Smart Solutions, distribuidora brasileira de solução antifraude e de cibersegurança. Mais detalhes (https://smartsolutionsti.com.br).