Os últimos anos de cenário pandêmico proporcionaram profundas transformações na vida das pessoas. Dados do levantamento do IBGE sobre o Consumo das Famílias e da Renda do Consumidor em 2020 já apontavam uma busca maior por um novo hobby, por cursos de desenvolvimento pessoal e profissional, por viagens e até por uma nova decoração de casa.
As informações revelam o olhar do consumidor para si próprio na busca de melhor qualidade de vida e bem-estar. Todas essas mudanças refletem diretamente no mercado de trabalho. Algumas empresas mudaram seus processos e começaram a pensar novas formas de trabalho que pudessem criar uma cultura ou um clima organizacional propício para receber e reter colaboradores nesse período pós-pandemia.
No que diz respeito à Gestão, uma tendência se apresenta: o salário emocional. O coordenador do Eixo de Gestão do Senac Goiás, Ricardo Saraiva, explica que o salário emocional é um elemento da cultura organizacional voltado para desenvolvimento de pessoas.
“As empresas que têm esse elemento em sua gestão economizam nas contratações de colaboradores, pois já estão criando um ambiente de trabalho voltado para o crescimento profissional do colaborador e isso é revertido em produtividade e inovação”, diz.
O salário emocional é uma iniciativa das empresas que vai além de recursos financeiros e engloba atitudes e atividades que têm como fim a melhoria do bem-estar emocional e físico dos seus colaboradores, com foco na construção de um bom clima organizacional. Alguns exemplos dessas ações são:
• Acessos pessoais bem preservados
• Benefícios
• Flexibilidade de horários de trabalho
• Ambiente que favoreça a criatividade
• Entre outros
Será que as empresas estão preparadas para essa tendência? Dados do Tribunal Regional do Trabalho, 4ª Região, mostram que 17,9% das doenças ocupacionais que afastam os profissionais do trabalho são causadas pela ansiedade. Nos últimos 3 anos, 30,67% das causas de afastamento foram provenientes da depressão.
“O empresário precisa avaliar qual é a sua cultura organizacional, como ele se relaciona com as pessoas e como a empresa se relaciona com os colaboradores. Há uma tendência que nós chamamos de ‘cliente interno’, que são todos os colaboradores de uma empresa. Por isso é importante verificar como está o ambiente de trabalho, como está o clima organizacional, como a empresa gerencia a comunicação e a relação entre a gestão e os seus colaboradores.
Temos esse primeiro start, que é a empresa começar a olhar e ver o ser humano, a pessoa por traz daquele processo. Não apenas um colaborador atrás de um computador, mas a pessoa atrás de um processo”, orienta Saraiva. Qualquer empresa pode aplicar e desenvolver uma cultura organizacional pautada em pessoas, independente do seu tamanho.
Pessoas têm emoções, vontades, desejos e nesse período pós-pandemia nós temos falado muito da Gestão Humana, voltada para pessoas, para produtividade e isso é um ponto muito importante. Nós estamos voltando de uma pandemia, voltando com inovações, cenários difíceis que precisamos recuperar e hoje a empresa que foca nas pessoas visando a produtividade vai conseguir superar esse momento.
Por outro lado, Saraiva explica que o profissional também precisa se adequar às transformações para aproveitar as oportunidades que este cenário proporciona. “Nós temos uma demanda muito grande de empresas que buscam profissionais que querem entrar numa cultura organizacional produtiva e que envolve maior rentabilidade.
Diante disso, o profissional precisa se atualizar, ver o que é tendência de mercado, o que são ferramentas voltadas para a produtividade e o que está em evidência neste cenário pós-pandêmico”, explica. – Fonte e outras informações, acesse: (www.go.senac.br).