O isolamento social causado pela pandemia do coronavírus impactou todas as áreas da vida mundialmente, e com o trabalho não seria diferente. Ninguém estava preparado para lidar com esta nova realidade, mas as organizações precisaram se adaptar e alterar os hábitos internos para sobreviver à crise.
Dentre as principais mudanças, a mais necessária foi a busca dos líderes por estratégias para manter a equipe engajada e o desempenho das atividades. Para o especialista em liderança e doutor pela Harvard Business School, Ram Charan, quem deseja ser um bom líder precisa dedicar 40% do seu tempo ao seu time.
Algumas empresas tiveram que aprender métodos para melhorar essa relação durante o dia a dia mesmo com uma tela os separando. De acordo com Pedro Reis, sócio-fundador da VIK, startup que leva para as empresas um programa de promoção de saúde totalmente inovador, com foco em engajar e mudar o comportamento das pessoas, as companhias começaram a implementar medidas pensando no bem-estar do seu colaborador.
“Implementar formas de levar a saúde para a rotina das pessoas não é fácil, mas quando realizados com maestria, gera muito resultado e impacta diretamente na presença e engajamento das pessoas no dia a dia. Quando elas estão 100%, ficam mais ágeis para enfrentar os desafios do mercado de trabalho e ajudam as empresas a se reerguerem. Além disso, saber que o líder se preocupa faz com que os colaboradores fiquem mais produtivos e tragam mais resultados”, explica.
Já para André Franco, CEO do Dialog.ci, supperap de comunicação interna e RH para empresas que funciona como um hub para o colaborador, um dos principais segredos para fortalecer a relação entre os dois lados é dar valor à opinião de seus colaboradores. “Quando você escuta os colaboradores, cria-se um espaço de troca em que eles vão se sentir confortáveis em compartilhar e se envolver.
Eles têm uma importância enorme pelo fato de estarem conectados, envolvidos e terem muito o que falar sobre a empresa. Realizam tarefas do dia a dia e respiram o ambiente corporativo. Então, não há nada melhor do que dar voz para que ajudem nas tomadas de decisão da empresa. Para ouvir os colaboradores é necessário ter uma comunicação acessível”, defende.
Pensando nisso, os especialistas comentam os principais pontos que foram usados pelas empresas como forma de incentivar o seu colaborador. Confira:
1 – Alinhamento de propósito entre marca e colaborador: para engajar um colaborador um dos pontos mais importantes é fazer com que ele se sinta parte da empresa, alinhando o propósito e cultura da empresa com os seus valores profissionais e pessoais.
“Além de proporcionar a interação e saúde para os membros da equipe, esse alinhamento ajuda na disciplina com as atividades, autoestima e produtividade. Ter colaboradores alinhados com a empresa evita grande parte das dificuldades enfrentadas pelas organizações referentes às pessoas e se tornou ainda mais determinante em meio a instabilidade que a pandemia do covid-19 causa”, entende Reis.
2 – Construção de marca junto aos colaboradores: para que a empresa consiga conquistar resultados com seus clientes, é importante que exista uma construção de marca bem pensada dentro da organização. “Quanto mais engajado, capacitado e alinhado com a corporação o profissional estiver, mais ele vai se sentir apto a crescer em um ambiente saudável e conquistar clientes fiéis – ou até mesmo trazer inovações que otimizam ainda mais o trabalho.
Além disso, é importante entender que a maneira como a empresa decide tratar o seu colaborador também pode impactar diretamente na construção da marca, criando até mesmo uma visão positiva ou negativa com os seus clientes”, explica Franco.
3 – Cuidados com a saúde dos colaboradores: a saúde é uma das partes mais essenciais quando se trata da relação entre empresa e colaborador. Principalmente durante a pandemia, é um ponto que deve ser cuidado diariamente. “Cada vez mais as empresas enxergam que as pessoas que cuidam da sua saúde física e mental, têm melhor autoestima, estão mais dispostas ao trabalho, a novos desafios.
Quando uma pessoa muda um hábito de saúde, ela se sente mais empoderada. Sabemos que nenhuma mudança é fácil. Para isso, é importante usar a atividade física, que é o que chamamos de hábito âncora, como forma de auxiliar as pessoas a terem os estímulos certos, para conseguirem realizar as mudanças de hábitos necessárias. A verdade é que, para a empresa ter sucesso em longo prazo é preciso investir em quem faz a coisa acontecer”, acredita o sócio-fundador da VIK, Pedro Reis.
4 – Adoção da transformação digital: o período de quarentena e a mudança do modelo de trabalho para o home office representaram uma passagem forçada para o digital. “Empresas que já estavam preparadas para essa transformação se saíram melhor e outras precisaram se adaptar rapidamente. Do ponto de vista estratégico, todas as soluções inovadoras tecnológicas, como por exemplo o Zoom e outras ferramentas online, foram responsáveis por manter muitos negócios funcionando.
Com as restrições de deslocamento e mobilidade, o RH e a comunicação interna precisaram se modernizar para atingir todos os colaboradores fora do espaço físico. Dentro desta realidade, o modelo de trabalho remoto e a maior flexibilidade e liberdade que ele traz, faz com que os colaboradores se sintam mais produtivos e alcancem mais resultados”, conclui André Franco, CEO do Dialog.ci.
Fonte e outras informações, acesse: (www.desafiovik.com.br) e (www.dialog.ci).