O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, que tem trabalhado para se reeleger no comando da Casa, afirmou ontem (16), que a reforma da legislação trabalhista tem de tramitar em regime de urgência.
“O Brasil caminha para ter 14 milhões de desempregados e muitos dos problemas do desemprego tem a ver com uma lei trabalhista que protege muito, mas tem tirado o emprego dos brasileiros e tem colocado esses empregos em outros países”, afirmou, citando como exemplo o Paraguai, que tem abrigado empresas brasileiras que fogem da legislação trabalhista.
A declaração de Maia foi dada durante visita à Câmara Municipal, hoje presidida pelo seu colega de partido Milton Leite. “Precisamos de uma lei que proteja o trabalhador, mas ao mesmo tempo estimule o empresário a gerar emprego”, acrescentou. O presidente da Câmara disse que os principais pontos da reforma deverão ser discutidos pelos deputados e criticou a Justiça do Trabalho, que, na sua opinião, tem tomado decisões que desestimulam o emprego.
Antes de visitar a Câmara Municipal, Maia se reuniu com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. Segundo o deputado, o encontro serviu para que se discutisse reformas para o Brasil nos próximos dois anos e a conjuntura política. Maia afirmou também que eles conversaram sobre a possibilidade de mudanças no pacto federativo. “Essa é uma discussão urgente, pois sabemos que os Estados e municípios estão em situação fiscal muito complicada”, declarou Maia (AE).