O presidente da República em exercício, Hamilton Mourão, disse na sexta-feira (28), que o governo deve promover a volta de educação moral e cívica aos currículos escolares, em discussão no MEC.
Para ele, o ministério tem sido “um local de combate”, mas que a volta da disciplina está no “radar” do presidente Jair Bolsonaro. “O ministério tem sido um lugar de combate direto. Não se desmancha tudo que existe lá da noite pro dia. Tem que ser um trabalho bem organizado. Mas é determinação e a diretriz do presidente que matérias dessa natureza retornem”.
Mourão deu uma palestra na Associação Comercial do Paraná e respondeu perguntas da plateia. Contou que estudou nos Estados Unidos durante sua adolescência e havia uma disciplina semelhante à educação moral e cívica, acrescentando que não se trata de algo relacionado a um campo ideológico específico. “A matéria chamada civics, era ensinar a Constituição, formação da nacionalidade, todas as coisas que eram ensinadas em educação moral e cívica. Isso não é uma coisa da direita nem da esquerda, isso é educação”.
Mourão disse ainda que o governo trabalha com três eixos. O primeiro é o econômico, a cargo do ministro da Economia, Paulo Guedes. O segundo é o da segurança pública, sob o comando do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro. E o terceiro é a agenda de costumes. “É um projeto caro ao presidente, e isso está sendo conduzido por ele, pessoalmente”.
O presidente em exercício, reconheceu, no entanto, que a pauta dos costumes é delicada, e que é preciso cuidado para não tirar o governo do rumo que pretende seguir. Para Mourão, Bolsonaro tem tido “foco” e tem cumprido os objetivos propostos para sua viagem ao Japão, na cúpula do G20. “Estou acompanhando essa viagem ao Japão, ele tem batido todos os objetivos que nós nos propusemos nesse período. As coisas vão ficar cada vez no rumo que todos nós esperamos” (ABr).