Segundo a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), o país perdeu três em cada dez negócios voltados à alimentação fora do lar ao longo de 2020, principalmente restaurantes que sucumbiram diante das medidas restritivas necessárias para conter o avanço do coronavírus. Mas houve quem sobreviveu e até cresceu, apoiado, principalmente, no delivery – canal de vendas que se tornou fundamental na pandemia.
É o caso da Burger X, primeira hamburgueria virtual e artesanal low cost no Brasil, fundada por três amigos, em 2019. Sem salão físico para os clientes consumirem no local, já nasceu digital, focada exclusivamente no delivery, e por isso não sentiu a crise. Tem sete unidades: cinco na cidade de São Paulo, uma em Belo Horizonte e abriu, no último mês de maio, a sétima, em Campinas. São mais de 20 mil pedidos por mês e a demanda não para de aumentar, conta Lucas Lanna, um dos sócios-fundadores.
“Em um contexto de alta demanda, gerenciar pedidos e estoques pode ser uma verdadeira dor de cabeça e provocar o caos. Durante muito tempo esse foi um problema latente, atrapalhando a nossa operação diária e o objetivo de expandir o número de unidades. Mas encontramos na na tecnologia, mais propriamente na plataforma de integração APIPASS, um parceiro para integrar os sistemas da operação e fazer o controle de estoque”, explica Lanna.
Ao integrar os diferentes apps de delivery – como Rappi e Uber Eats – através da plataforma, a hamburgueria centraliza todos os pedidos das lojas, e assim consegue realizar o controle de estoque de forma simples e gerenciar a operação com agilidade. A Apipass não conecta o restaurante à plataformas de delivery, mas sim os sistemas que os restaurantes utilizam para gestão, como o Google Sheets, nesse caso, com as plataformas de delivery.
“A integração de sistemas é uma necessidade das empresas, um passo fundamental na transformação digital. Com os sistemas integrados via API e banco de dados, e com os processos automatizados, deixamos de nos preocupar com o gerenciamento de pedidos e controle de estoque e passamos a focar no que mais importa: a satisfação do cliente e a estratégia de expansão da marca”, complementa Lanna.
Com o uso cada vez maior de diferentes softwares e aplicativos pelas empresas, surgiu um novo problema: como cada sistema se comunica de um jeito, é como se não existisse uma língua comum para que eles possam conversar entre si. “É aí que entra a tecnologia da Apipass, funcionando como um tradutor universal entre esses sistemas distintos, permitindo a integração e o compartilhamento de dados entre eles, proporcionando uma solução unificada aos clientes, independentemente do segmento ou tipo de software”, explica Valdemir Silveira, CEO da plataforma.
Desenvolvida pela Supero Tecnologia, a Apipass integra todo o negócio – softwares, sistemas e aplicativos – em um só canal e, com poucos dias, os clientes conseguem extrair resultados com a automatização e integração. Recentemente, a solução ganhou CNPJ próprio e uma equipe de 20 profissionais, se tornando uma empresa spin off da Supero.
“As organizações possuem sistemas que não conversam entre si, as integrações convencionais de softwares demandam muito tempo e esforço, são caras e pouco eficientes. A pandemia evidenciou a necessidade de conectar esses sistemas e, diante disso, entendemos ser o momento ideal para escalar esta solução”, explica o CEO da Supero Tecnologia, Sidnei Bunde.
A Apipass pode ajudar desde os pequenos restaurantes que precisam automatizar a integração com o ERP (um sistema de gestão que permite acesso aos dados de uma empresa) e os sistemas de delivery; às grandes companhias para as quais é essencial integrar alto volume de dados para otimizar a eficiência operacional, acabar com os silos e gerar indicadores confiáveis.
“A simplicidade na criação de integrações tem sido o maior atrativo às empresas menores, pois facilmente elas conseguem criar as suas integrações sem a necessidade de um conhecimento avançado em tecnologia”, diz o CEO da Apipass. O sucesso da parceria levou Silveira e Lanna a elaborarem dicas para que donos de outros empreendimentos de alimentação fora de casa também possam crescer, apesar da crise.
- Os olhos não comem, mas decidem – Quem nunca salivou olhando uma foto de comida, a ponto de quase conseguir sentir o seu aroma delicioso? É preciso encarar com seriedade o velho adágio: os olhos também comem. Então, esqueça o sobrinho que gosta de fotos e contrate um fotógrafo profissional, de preferência que tenha experiência com fotografia de alimentos. Empratamento, enquadramento, ângulo, luz, qualidade da câmera, fundo, foco, tudo conta!
- Cause uma boa primeira impressão – Respeito máximo pelo cliente. Não adianta prometer e não entregar, pois isso gera frustração e afeta negativamente a marca. É preciso ter em mente que um cliente insatisfeito dificilmente voltará e pode dar uma má classificação ao serviço e comentar o sucedido com pessoas próximas ou até mesmo em redes sociais. Não há pior marketing que um cliente insatisfeito.
- Atenção na hora de escolher as plataformas de delivery – Atualmente, o mercado de apps de delivery conta com muitas opções e é importante acertar na escolha dos parceiros onde os produtos serão ofertados. A operação pode ser fortemente impactada pelo serviço de delivery. Estude cuidadosamente as comissões cobradas, as características da entrega e a classificação do serviço prestado. Uma boa dica é olhar o Reclame Aqui, por exemplo.
- Conheça os clientes – Quem quer reter clientes precisa conhecer o público para o qual trabalha. Fidelizar deve ser o objetivo de qualquer empresa que presta serviço, para manter uma faixa de lucro ativa e fixa, sem necessidade de aumentar os gastos em propaganda e ganhar maior resiliência ao aumento da concorrência. Utilizar um CRM (sigla de Gerenciamento do Relacionamento com os Clientes) é uma boa estratégia.
O software vai ajudar o estabelecimento a ter uma visibilidade completa do cadastro de clientes e permite identificar grupos que compram mais vezes e quais produtos, e quantidades, os que estão satisfeitos, aqueles que pararam de comprar e talvez precisem de um incentivo, etc. Com essas informações, é possível planejar ações diferenciadas para cada tipo de público e o marketing passará a ser estratégico.
- Automatize o seu delivery – Uma boa experiência de compra é um dos motivos que mais geram recomendações e fazem o cliente voltar ao estabelecimento. Isso passa por cumprir todos os pontos anteriores e automatizar a operação. Digitalizar o restaurante permite atender mais pessoas, faturar mais, encantar os clientes e acabar de vez com as rupturas de estoque.
Um dos segredos do sucesso para otimizar a eficiência operacional do negócio é integrar os apps de delivery e todos os sistemas da sua operação, tal como fez a Burger X. Com processos automatizados e dados confiáveis para tomar decisões inteligentes, o time pode dedicar mais tempo conhecendo e construindo relacionamentos com os clientes, aumentando a satisfação. – Fonte e outras informações: (www.apipass.com.br).
