Ao deixar seu gabinete no início da tarde de ontem (10), o presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), disse que o partido dele, o PMDB, é um pilar de sustentação da democracia e precisa ter muita responsabilidade para não aumentar a crise.
O presidente referiu-se à convenção nacional da legenda marcada para amanhã (12), que deve resultar num posicionamento em relação à crise política e ao governo:
“O PMDB tem que ser a saída para a crise, o poder moderador. E deve fazer sua convenção com muita responsabilidade, pois qualquer sinalização sobre a posição do partido pode diminuir ou aumentar a crise”. Segundo Renan, além de compromisso com o Brasil, o partido deve priorizar o interesse nacional, apresentando saídas, como a Agenda Brasil. Sobre o jantar com políticos do PSDB na noite de quarta-feira (9), o senador limitou-se a dizer que foi uma “conversa boa” e que continuará dialogando com lideranças de outras legendas.
“De manhã, estivemos com o ex-presidente Lula e no fim do dia conversei com a presidente Dilma. Temos conversado e vamos continuar conversando. É hora de pensar no Brasil, no equilíbrio e na serenidade. Se há uma exigência com relação ao que o Parlamento deve fazer é conversar para encontrar saídas”, afirmou. Indagado sobre as investigações do Ministério Público paulista sobre Lula, Renan preferiu não opinar:
“O pior papel que reservam para mim é ficar comentando esses fatos políticos. Não tenho muito que acrescentar nesses comentários, não”, disse (Ag.Senado).