Na expectativa de que a reforma da Previdência avance nesta semana na Câmara, o secretário de Previdência, Rogério Marinho, um dos fiadores do texto proposto pelo governo, alertou que a sociedade tem pressa e quer a aprovação da mudança legislativa.
Depois de explicar detalhes da proposta em um debate com deputados na manhã de ontm (16), reafirmou que todos reconhecem a necessidade da reforma.
Mesmo os que não apoiam a proposta do governo têm apresentando sugestões. “Ninguém pode negar a necessidade de reestruturação do sistema previdenciário e o déficit, que é cruel com os mais pobres. Ou nós enfrentamos isso, ou vamos continuar prejudicando quem já sofre mais”, afirmou Marinho. O texto está em debate na CCJ da Câmara e deveria ter sido discutido na reunião de segunda-feira (15), mas a discusão acabou sendo adiada por uma inversão de pauta que priorizou a votação do orçamento impositivo.
O presidente da Casa, Rodrigo Maia, pediu que os parlamentares se concentrem para que a reforma seja votada hoje(17). “Acredito no espírito público do Parlamento. Se acham que é preciso se debruçar mais sobre o tema que o façam, mas quem tem pressa é a sociedade. A administração da União, dos estados e de municípios se dá sobre despesas primárias de manutenção e custeio e do pagamento de dívidas”, afirmou Rogério Marinho.
Para o secretário, a reforma permitirá que o Estado brasileiro deixe de atuar como “síndico de massa falida”, limitando-se à administração de folhas de pagamento, assistência e previdência. “Não sobram recursos para investirmos em saúde, educação, infraestrutura e na geração de emprego e renda”, lamentou (ABr).
