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Reestruturação dos destinos turísticos para a conquista de novos clientes

em Destaques
domingo, 17 de julho de 2022

De acordo com o Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC), com a retomada gradual das atividades turísticas, a estimativa para os próximos 10 anos (2022-2032) é de que o setor represente 11,3% da economia global, movimentando cerca de US$ 14,6 trilhões.

No cenário nacional, a expectativa também é otimista já que entre maio de 2021 e 2022 foram criados 290 mil postos de trabalho, com destaque para bares e restaurantes e os serviços de hospedagem. A pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) acrescenta que, no intervalo analisado, o saldo mensal de admissões e desligamentos se mantiveram positivos.

A docente do curso Técnico em Guia de Turismo do Senac EAD, Tamara Dias Corrêa, confirma a informação e reforça que o processo de retomada foi estimulado no ano passado, a partir da implantação do Plano de Retomada do Turismo, lançado pelo Ministério do Turismo.

“Acredito que as ações propostas pelo ‘Selo de Turismo Responsável’ permitiram a reabertura de atrativos, parques ecológicos e rede hoteleira que se comprometeram a trabalharem dentro dos protocolos exigidos e a capacidade de ocupação controlada”, explica

As ações estratégicas do trade, adotadas no período inicial da retomada também foram determinantes para o crescimento, entre elas: incentivo ao turismo doméstico, ecoturismo, valorização das riquezas naturais locais e atividades ao ar livre. Outros pontos fundamentais foram a reestruturação dos calendários de eventos e o aumento nas ofertas de linhas de crédito à pequenas e médias empresas.

  • Planejando um novo modelo de negócio – Na avaliação da especialista do Senac EAD as empresas que investem na capacitação de colaboradores certamente terão maiores retornos, em termos de recomendações e fidelização de clientes. “Uma equipe qualificada é mais produtiva e eficiente, se sente valorizada e motivada a se aprimorar profissionalmente”, pontua.

Vale ressaltar que trabalhadores capacitados são um investimento para a empresa, pois dominam o uso de técnicas, recursos e gestão de tempo. Sendo assim, os fatores elencados influenciam diretamente na qualidade dos serviços prestados e no clima organizacional, diminuindo a rotatividade e absenteísmo.

Do mesmo modo, a reestruturação dos serviços em destinos turísticos já é observada de maneira positiva visto que a transformação digital das atividades foi intensificada, em razão das exigências de distanciamento social.

“Os empresários mais resistentes tiveram que se adequar aos avanços tecnológicos, de forma a garantirem o funcionamento do negócio. Um exemplo prático é o uso de ferramentas de check-in on-line na rede hoteleira, na qual a chave física foi substituída pela versão digital”, pontua.

Outras ações significativas foram o uso de aplicativos por parques nacionais, a fim de evitarem aglomerações in loco e os serviços de Alimentos e Bebidas (A&B), que resolveram investir em espaços ao ar livre, disponibilizando cardápios e pedidos por QR Code.

“As empresas que apostarem na digitalização dos processos, podem ter uma boa redução de custos a longo prazo e ainda, melhorarem a experiência do cliente”, acrescenta Tamara.

  • Quais as alternativas para pequenos negócios? – As mudanças nos modelos de negócio em turismo atingem todo o trade e as pequenas e médias empresas devem começar pela gestão das atividades, pontua a docente. Por esse motivo, é importante identificar quais as principais barreiras que impedem o crescimento do negócio e ter clareza sobre os objetivos

“Estabelecer uma rede confiável de fornecedores qualificados, negociar valores, firmar parcerias é necessário. Atitudes como essas, podem garantir um melhor custo-benefício dos produtos turísticos e, consequentemente, um melhor posicionamento no mercado”, avalia.

Por fim, Tamara compartilha cinco dicas para auxiliar gestores de pequenos negócios turísticos que desejam aproveitar oportunidades para conquistarem novos clientes, confira:

  • Segmentar – Identificar uma área de atuação permite melhorar o posicionamento de mercado do empreendimento, especializar-se naquele segmento e atender com excelência as necessidades específicas daquele público;
  • Diferencial – O mercado é muito competitivo, por isso aposte na proposta de valor. Por que o seu cliente escolherá você? Comece analisando seu negócio, uma boa ferramenta é a análise SWOT. Por meio dela, é possível identificar as forças e fraquezas, oportunidades e ameaças do empreendimento;
  • Presença digital — Houve grandes modificações no comportamento do cliente, e o aumento da segurança no digital é uma delas. Uma empresa que não está presente no universo virtual, é como se não existisse. Use as redes para reforçar a identidade do seu negócio, crie uma relação com seus clientes (interaja!) e demonstre seu valor;
  • Entregue o melhor- a entrega eficiente é um fator fundamental na fidelização dos clientes. Desse modo, foque em atender e superar as expectativas dos consumidores com relação ao produto ou serviço contratado;
  • Fidelize – Cliente satisfeito volta e traz novos consumidores. Por isso, além de priorizar o bom atendimento, recompense quem já frequenta seu negócio. Trabalhe com descontos exclusivos, benefícios ao adquirir um novo produto e bônus por indicações.

Outra estratégia interessante é estabelecer um vínculo mais próximo. Faça com que o cliente se identifique com a empresa e sinta-se parte. Utilize campanhas, promoções e eventos somente para “membros”. – Fonte e outras observações, acesse: (https://www.senac.br/).