A necessidade de isolamento social e redução de atividades presenciais acelerou o processo de transformação digital durante a pandemia. Em junho, mais de 8,7 milhões de brasileiros ainda trabalhavam de forma remota, de acordo com pesquisa do IBGE. No Itaú Unibanco, três quartos das contas abertas nos últimos dois meses foram via aplicativo. Entre os clientes do Banco do Brasil, as transações feitas pelo app tiveram um salto de 76%.
As vendas realizadas por comércio eletrônico aumentaram 145% no primeiro semestre de 2020, no comparativo com o mesmo período de 2019, segundo o estudo “E-commerce na Pandemia”, da Nuvemshop. E nem mesmo a descoberta de uma vacina fará a sociedade voltar ao que era antes: o novo normal já é digital. Mas assim como os trabalhadores, estudantes e empresas de todas as áreas, os criminosos do mundo físico também migraram e se adaptaram ao ambiente virtual.
“O cuidado com a segurança se faz mais necessário do que nunca e passou a ser a preocupação número um de empresas no mundo todo”, alerta o superintendente de Engenharia de Produtos da Tecnobank, Isaac Ferreira. Com a entrada exponencial de novos usuários no mundo digital, a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), informou que as instituições financeiras registraram em torno de 70% de aumento nas tentativas de fraudes digitais.
“Há muito tempo, os cibercriminosos descobriram maneiras de decifrar senhas, contorná-las ou enganar as pessoas para que forneçam seus dados de acesso”, alerta Ferreira. Além disso, um usuário de internet tem que memorizar, em média, senhas para 92 contas, segundo levantamento da Dashlane. Para facilitar a memorização, as pessoas tendem a reutilizar o mesmo código em várias contas. Já cientes desse erro, os hackers o utilizam para colher seus lucros.
Se um invasor descobrir a senha para uma das contas, pode colocar as mãos nos dados de acesso de internet banking da vítima, por exemplo. Novos recursos para autenticação surgiram nos últimos anos, como autenticação de dois fatores e cadastramento de equipamentos físicos para liberação em outros canais. “Em função do momento atual, soluções para encriptação de senhas de várias contas em um único lugar e uso da biometria facial são alternativas com maior aceitação, tanto por empresas do setor financeiro quanto por usuários convencionais”, garante Ferreira.
Como se não bastasse, a busca por medidas para frear o contágio da Covid-19 acelerou a necessidade de ferramentas tecnológicas inteligentes, que não exigem contato físico para a autenticação ou a identificação – o que também exclui a verificação biométrica por meio de reconhecimento da digital. O fato de digitar ou encostar o dedo no mesmo dispositivo que outras pessoas não é nada higiênico e pode, inclusive, ser um meio transmissor de doenças, como a Covid-19.
Por tudo isso, o cenário pós-pandemia mostra-se altamente favorável ao avanço do reconhecimento facial – um recurso baseado em algoritmos responsáveis pelo cruzamento de dados e detecção de padrões para garantir que o rosto detectado é de determinada pessoa. E o mercado já se movimentava a favor da migração para essas soluções.
Em estudos realizados pela Mastercard, em conjunto com a Universidade de Oxford, afirmam que 93% das pessoas preferem usar biometria em vez de senhas e 92% dos bancos do mundo têm a intenção de adotar esse tipo de solução. Um relatório da Capgemini também mostra que 44% dos espanhóis preferem autenticação de reconhecimento facial para bancos, pagamentos e aeroportos para evitar a contaminação com o novo coronavírus.
Um mapeamento da Surfshark revela que 98 países já usam o reconhecimento facial em algum tipo de vigilância pública. A tecnologia também passou a ser utilizada em escolas, espaços comerciais, condomínios, instituições financeiras, hospitais, planos de saúde e poder judiciário. O Departamento de Segurança Interna dos EUA estima que o reconhecimento facial examinará 97% dos passageiros de companhias aéreas até 2023.
A expectativa é que esse mercado, estimado em US$ 3,2 bilhões em 2019, alcance US$ 7 bilhões em 2024, segundo a MarketsandMarkets. A validação biométrica com reconhecimento facial e confirmação de dados é a aposta da Tecnobank para dar mais segurança às operações online. A empresa lançou no Brasil um hub de soluções antifraude com assinatura eletrônica, validação documental e reconhecimento facial, chamado VerifiKey.
A plataforma transforma a selfie em um hash biométrico no processo de onbording (processo de cadastro, formalização e aprovação digital do cliente), valida em bases oficiais e compara o hash com outro gerado no instante da assinatura com maior segurança e agilidade. Ferreira explica que, em menos de 6 segundos, é possível se ter a confirmação sobre quem é a pessoa que está fazendo determinada transação ou assinando determinado documento.
A respeito da segurança do reconhecimento facial, Ferreira garante que, atualmente, é a melhor opção do mercado. Mas alerta: “as tecnologias se mostram eficazes até que alguém aprenda a burlar. Então, é preciso evoluir os algoritmos constantemente”.
Fonte e mais informações: (https://tecnobank.com.br/).