O presidente do BNDES, Paulo Rabello de Castro, confirmou ontem (22), que deixará o comando da instituição até 7 de abril para ser candidato à Presidência da República.
Este é o prazo final estabelecido pela legislação eleitoral para que detentores de cargos públicos que disputarão o pleito de outubro deixem o governo.
“Estou decidido a disputar as eleições. O País aspira por cumpridores de missão. Acho, modestamente, que posso ser um”, afirmou Rabello de Castro. A declaração marca a primeira vez que o executivo assumiu publicamente que deixará o cargo para disputar o Palácio do Planalto, embora a saída dele do comando do banco já fosse esperada no meio político.
As articulações para substituição de Rabello já começaram desde fevereiro. O líder do governo no Senado, Romero Jucá (MDB-RR), quer indicar o atual ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, para a presidência do BNDES. Caso consiga, Jucá considera o atual secretário-executivo do Planejamento, Esteves Colnago Júnior, como “substituto automático” de Dyogo.
Mesmo antes do anúncio oficial, Rabello já vinha intensificando os preparativos para viabilizar sua candidatura à Presidência. Intensificou viagens pelo País, “profissionalizou” seu perfil no Twitter, iniciado em julho de 2017. As fotos postadas por ele em eventos oficiais aparecem com uma logomarca “Paulo Rabello”. Em uma das imagens, aparece ao lado de uma artesã em Teresina. “Momento de carinho e alegria com dona Raimundinha, líder da comunidade de artesãos de Teresina”, escreveu (AE).