A indústria de autopeças do Brasil deverá apresentar faturamento de R$ 19,5 bilhões ema 2015 e de R$ 18,2 bilhões em 2016, afirmou o presidente do Sindipeças, Paulo Butori.
A previsão para 2016 representa uma queda de 6,6% ante a estimativa para este ano e um recuo de 52,2% contra o resultado de 2013, de R$ 40,6 bilhões.
Os números foram apresentados por Butori em seu discurso na primeira edição do Encontro Estratégico de Lideranças do Setor Automotivo, em São Paulo. Para ele, a piora se deve a fatores conjunturais difíceis, listados em sua apresentação: crise política e econômica, PIB negativo, crise de água e de energia, forte abalo dos níveis de confiança dos investidores e dos consumidores, alta nos níveis de desemprego e endividamento, e altas taxas de inflação e de juros.
“Diante disso, não estamos otimistas para 2016, que será um ano ainda de crise bastante acentuada”, disse. Como resultado da crise, Butori disse que o setor reduziu o número de empregados de 220 mil em 2013 para 165 mil em 2015. “São 55 mil pessoas com salário médio elevado, bem treinados, e com filhos para sustentar”, lamentou, acrescentando que o aumento do desemprego afeta o consumo (AE).