Apesar de o mercado oferecer uma grande diversidade de investimentos, a imensa maioria (87%, de acordo com a Anbima) dos investidores brasileiros ainda opta pela Poupança na hora de aplicar seu dinheiro. Isso tem a ver com uma questão histórica, já que a Caderneta é a escolha natural para quem pretende poupar, mas também tem a ver com a falta de informação a respeito de outros ativos, pois, principalmente em termos de rentabilidade, há algum tempo a Poupança deixou de ser atrativa.
Considerando o longo prazo, o rendimento atual da Poupança fica abaixo até da inflação. Ou seja, o investidor acostumado a deixar seu dinheiro na Poupança tende a ver seu poder de compra diminuir com o tempo. É por isso que vale a pena conhecer algumas alternativas a esse investimento.
- – Debêntures – Muitas grandes empresas recorrem a meios para levantar recursos, que não precisam ser necessariamente a venda de ações. Uma forma de fazer isso é disponibilizando títulos de dívida no mercado. São as debêntures, um tipo de investimento em renda fixa em que o investidor empresta dinheiro a empresa para recebê-lo de volta com juros no futuro.
A rentabilidade das debêntures depende da forma como os juros incidem na aplicação, podendo ser de maneira prefixada, pós-fixada ou híbrida.
Investir em debênture é uma alternativa aos destinos comuns às aplicações em renda fixa, que no caso são os bancos e o governo.
- – CRA e CRI – Da mesma forma, existem os certificados de recebíveis, mais conhecidos como CRA, quando são do agronegócio, e CRI quando são do setor imobiliário. Esses ativos também são emitidos por empresas, mas neste caso, são companhias securitizadoras. Assim, os certificados de recebíveis são aplicações com maior exposição ao risco em relação ao mercado de renda fixa, mas em contrapartida, tendem a trazer um retorno maior.
Além disso, é um investimento isento de Imposto de Renda, o que costuma ser vantajoso para o investidor que procura meios para ganhar mais dinheiro sem sair da renda fixa. Certificados de recebíveis representam um passo adiante para o investidor em termos de exposição ao risco. Em comparação aos ativos de renda fixa, ele exige mais, entretanto, não chega a ser tão arriscado quanto o investimento em ativos de renda variável.
- – BDR – Para quem deseja investir no mercado de renda variável, mas ainda não quer se arriscar na compra de ações, o investimento em fundos pode ser uma boa solução. No caso das BDRs, sigla para Brazilian Depositary Receipts, existe um tipo de papel disponibilizado na própria B3, ou seja, a Bolsa de Valores brasileira, que o investidor pode adquirir como se estivesse negociando ações de empresas com sede em outro país.
O diferencial é que, neste caso, o investidor não tem parte na companhia, sendo cotista de um fundo no qual constam ativos de uma série de empresas, entre elas, algumas multinacionais de impacto global.
Essa é uma boa opção para quem tem interesse em empresas estrangeiras, mas não tem recursos ou não quer passar pela burocracia de ter que abrir conta em corretora de valores fora do país. Além disso, existe a facilidade de contar com a gestão profissional controlando as movimentações do fundo de investimentos.
- – ETF – Já no caso do Exchange Traded Fund, ou ETF, o que existe é um fundo de investimento que acompanha um índice na Bolsa de Valores. Índices como o BOVA11, por exemplo, trazem as 11 principais empresas da Bovespa. A ideia é que um ETF que toma como referência o BOVA11 alcance rendimentos iguais ou até superiores a esse indicador.
Assim, é possível ter acesso a um tipo de investimento atrelado a empresas protagonistas no mercado acionário e contar com uma gestão profissional, responsável por acompanhar o mercado e fazer as movimentações de acordo com critérios. Investir em ETF, na prática, é como apostar no desempenho de determinado índice na Bolsa de Valores. Pode ser uma opção interessante em determinados casos, principalmente para momentos de alta constante no referencial.
O mais importante é entender que todos esses ativos remuneram mais do que a Poupança e que eles estão disponíveis para investimento via corretoras de valores. Para o investidor, vale a pena conferir cada uma dessas soluções e procurar fazer a melhor escolha para os seus interesses.
Fonte e mais informações: (www.expertamedia.com.br).