A construção de um ambiente corporativo orientado a pilares de conformidade abre portas para a conquista de ganhos competitivos, comerciais e estratégicos
Por Régis Lima
O cenário empresarial, historicamente, é um setor de nossa sociedade que apresenta uma condição de mutabilidade muito alta. Não por acaso, afinal, seja pelo advento de novas tendências mercadológicas, o surgimento de soluções inovadoras ou práticas voltadas para a gestão de pessoas, a necessidade por mudanças costuma se justificar no dia a dia operacional. Para o gestor, o hábito de sair do lugar comum para buscar alternativas transformadoras virou uma questão de sobrevivência para o negócio, retirando aquele estigma de objeto secundário que muitos atribuíam à inovação. Hoje, inovar é preciso para as empresas brasileiras.
Em um acompanhamento quase que simultâneo em relação à transformação digital, o conceito de Compliance tem emergido com grande recorrência no ambiente corporativo, exigindo uma resposta imediata por parte das organizações. E as razões por esse caráter prioritário concedido à conformidade são numerosas: o consumidor está interessado em como determinada companhia está lidando com suas informações, bem como se existem princípios de ética, responsabilidade social, sustentabilidade e integridade financeira dentro de sua governança. Isso posto, é possível afirmar que esse é um assunto que transcende o campo legal, mostrando-se uma ponte estratégica para mais competitividade.
Tecnologia como base para uma cultura de Compliance
Possuir uma gestão operacional segura, ágil e assertiva é um objetivo a ser conquistado por líderes comprometidos com o tempo que vivemos. Vale destacar que essa não é uma condição inalcançável, visto a grande quantidade de alternativas customizáveis disponíveis no mercado de TI. Portanto, é de suma importância enxergar o componente tecnológico como aliado técnico para que a estrutura de Compliance seja estabelecida com sucesso.
Com procedimentos automatizados, todo o fluxo de dados estará resguardado, reduzindo a ocorrência de falhas críticas a informações sensíveis sob a ótica legislatória do Brasil. Sem dúvidas, a harmonia com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) é uma das vertentes mais relevantes quando o assunto é conformidade empresarial.
Além das contribuições citadas anteriormente, que estão centralizadas no gerenciamento informacional, com esse nível elevado de maturidade digital, o gestor, junto de suas equipes de colaboradores, poderá redirecionar os profissionais de modo a maximizar os resultados, em uma nova cultura respaldada pela máquina, mas que valorize o protagonismo humano. Como resultado, será possível identificar um terreno fértil para a introdução de outras políticas de Compliance.
Construa a marca de sua empresa
Respondendo à pergunta que intitula o artigo, a vantagem competitiva a ser obtida nesse modelo de estabilidade e segurança jurídica configura em uma nova marca para a organização, diante um mercado cada vez mais exigente e atento às iniciativas adotadas pelo meio corporativo. Antigamente, a qualidade do produto e/ou serviço oferecido era o maior diferencial a ser trabalhado junto ao público. Olhando para o presente e também o futuro, é preponderante reconhecer que o usuário está realmente interessado em conhecer o negócio, de modo amplo e aprofundado. Quais são os propósitos de sua empresa? Como as pessoas irão enxergá-la no dia a dia?
Para finalizar, ser competitivo é reunir os requisitos ideais para criar vínculos com um número crescente de consumidores, transformando vidas e atendendo demandas por meio de abordagens personalizadas, que vão além de relações meramente comerciais. Nesse sentido, o Compliance tem um peso imensurável para empresas que se preocupam em atuar com ética, confiabilidade e um compromisso direto com a sociedade e suas principais necessidades.