“Os impostos podem representar uma grande parte dos custos operacionais de uma empresa.
Por isso, um planejamento tributário bem elaborado faz toda a diferença: ajuda a reduzir a carga fiscal e garante que apenas o necessário seja pago, sem risco de penalidades por sonegação ou evasão fiscal”, explica SilvineiToffanin, especialista na área contábil e em tributos e sócio-diretor da Direto Group – empresa de wealth management com quase 30 anos de mercado.
O especialista explica que o sistema tributário brasileiro tem suas complexidades. Por isso, planejar é o meio mais eficaz de economizar e para que um tributo não esperado não recaia sobre os serviços e produtos de uma empresa. Além disso, um planejamento tributário bem-feito auxilia as empresas a serem mais competitivas.
De acordo com Toffanin, para que um planejamento tributário seja eficaz é importante iniciar o processo tendo à mão todos os dados da companhia, tais como: informações sobre o porte e estrutura da empresa, enquadramento tributário atual, atividades do negócio, além de detalhes sobre as atividades operacionais administrativas, contábeis e financeiras.
“Quanto mais informações, melhor. Assim fica mais simples de identificar quais atividades podem ter impacto direto sobre o pagamento de tributos. Junto a todo esse apanhado ainda devem constar a natureza jurídica da empresa, para que seja possível avaliar em quais regimes tributários ela pode se encaixar”, avalia e complementa: “os tipos de produtos e serviços, bem como os ciclos operacionais do negócio devem ser entendidos para fins de organização e planejamento”.
Depois de avaliar a natureza jurídica da empresa é preciso entender sobre o regime tributário, visto que cada modelo terá suas próprias definições e regras legais, que devem ser seguidas pela empresa. Na sequência, é necessário entender como a empresa pode operar dentro desses cenários de forma que os gastos com impostos sejam minimizados sem que a operação e o regramento sejam afetados.
“É fundamental que se faça uma análise do impacto dos impostos sobre a lucratividade da empresa em relação ao seu custo com compras, vendas e demais transações”, explica Toffanin.
Definida essa etapa, chega o momento de estabelecer objetivos claros em relação à tributação da empresa. Isso significa, segundo o executivo, que é preciso definir metas, prazos, cronogramas, pessoal, operações, cenários, custos com a aplicação do plano, materiais, etc.
“As especificidades de cada negócio devem ser consideradas para que um bom planejamento tributário possa ser elaborado. Conhecer a legislação e a incidência de tributos é fundamental em todo esse processo”, explica o especialista.
Deve-se recolher informações sobre todas as movimentações da empresa, incluindo: faturamento (com receita total, distribuição geográfica da receita, local de vendas ou da prestação de serviço), compras (separando as que foram realizadas dentro do Estado, as interestaduais e importações), serviços tomados pela empresa, despesas operacionais, margem de lucro por atividade econômica, despesa com pessoal (folha de pagamento e tributos), investimentos e fontes desses recursos, quadro societário.
Então, devem ser feitas projeções e simulações dentro de cada regime tributário e avaliar se o enquadramento altera a situação financeira para melhor. É preciso atenção com as possíveis variáveis que possam interferir nas operações.
“Minha recomendação é de que os empreendedores fiquem atentos à virada do exercício fiscal, que ocorre em janeiro, para que possíveis alterações possam ser realizadas. Esse é o momento ideal para que todo esse processo de avaliação seja realizado. Assim, quando a época certa chegar, o empresário terá todos os documentos necessários separados para que a transição seja feita com sucesso e sem sustos.
Dessa maneira, será possível operar de maneira legal, economizando no pagamento de impostos desnecessários e reinvestindo esses valores na expansão do negócio”, finaliza SilvineiToffanin. – Fonte e outras informações, acesse: (www.diretogroup.com).
