O ministro da Saúde, Ricardo Barros, afirmou ontem (16), durante visita à Faculdade de Medicina da USP, que, caso o resultado dos estudos sobre os efeitos da fosfoetanolamina, conhecida como pílula do câncer, não comprovarem sua eficácia, a droga não será incluída na Rename e não será distribuída pelo SUS, mesmo estando liberada por projeto de lei.
“A Anvisa está fazendo os estudos. Pedi agilidade não só nesse caso, mas em vários outros nos quais precisamos rapidamente aprovar medicamentos novos e princípios ativos. A Anvisa precisa nos garantir mais agilidade, com segurança e proteção ao consumidor”, afirmou.
O secretário estadual de Saúde, David Uip, informou que, assim que o laboratório responsável por produzir a fosfoetanolamina entregar o material, o governo paulista encapsulará rapidamente a droga e em prazo de seis meses já haverá resultados.
“É a primeira pesquisa que há e daqui a pouquíssimo tempo teremos os resultados definitivos”. O ministro disse também que o governo não colocará mais recursos no orçamento da pasta em 2016, pois o Orçamento da União passa por uma crise fiscal severa, que só se recuperará com a melhoria da economia e a volta do consumo.
Entretanto, disse que a saúde é uma das prioridades do governo Michel Temer e que o assunto será discutido com a equipe econômica. “Os cortes foram feitos pelo governo anterior. Estamos com R$ 5,5 bilhões de cortes já efetuados no orçamento da saúde. Pretendo trabalhar muito para ver se recupero aquilo que estava no Orçamento. Recursos a mais do que estava previsto realmente não acho que vamos conseguir. Não contem com mais dinheiro”, adiantou (ABr).