A trajetória profissional até cargos de liderança (que pode envolver, ou não, gestão de time), nem sempre é desejada por todos. Milena Brentan, coach executiva e fundadora da MB People, destaca três motivos pelos quais os profissionais optam por deixar posições de liderança ou simplesmente não buscá-las.
“Muitas pessoas podem desenvolver o perfil de liderança, mas nem todos estão motivados para isso. E sem motivação o desenvolvimento e o preparo pode ser insuficiente para o desafio. Soma-se a isso o fato de que, nem todo mundo promovido já possui todas as habilidades necessárias”, explica Milena, que também alerta sobre os riscos de promoções sem preparo adequado.
“Antes da promoção, é interessante avaliar as habilidades de liderança potenciais dos colaboradores. Isso permite identificar lacunas e personalizar programas de desenvolvimento para atender às necessidades individuais”. Confira os motivos pelos quais os profissionais podem desistir de cargos de liderança:
- – Equilíbrio entre vida pessoal e profissional – Uma das razões mais citadas para o não interesse ou até a desistência de cargos de liderança é a dificuldade em manter um equilíbrio saudável entre a vida pessoal e as demandas profissionais.
Segundo Milena: “Em geral, posições de média gerência envolvem mais responsabilidades, mais pressão emocional em tomadas de decisão e nem deixam de ganhar aquela tal da hora extra. Portanto, no começo de uma trilha de carreira de liderança o salário pode ser praticamente o mesmo, com muito mais responsabilidade”.
- – Aumento de escopo e responsabilidade – Posições de liderança são em geral caracterizadas pela pressão constante por resultados e, no caso de haver gestão de time, uma habilidade significativa de desenvolver e estar disponível à equipe. Além disso, se você conversar com lideranças seniores vai perceber que nem sempre trabalham muitas horas a mais.
O ponto é a pressão emocional das decisões que precisam ser tomadas, os impactos que elas geram e as muitas conexões profissionais que são feitas diariamente, seja para vender uma ideia, entender impactos ou resolver problemas.
- – Gestão de time – Gerir time envolve lidar com diferentes personalidades, resolver conflitos interpessoais, motivar membros da equipe, definir metas claras, enfrentar pressões de prazos e equilibrar as necessidades individuais com as do grupo. Além disso, a comunicação eficaz e a habilidade de tomar decisões assertivas são essenciais, tornando a gestão de equipe uma tarefa complexa e desafiadora para algumas pessoas.
Todos podem se desenvolver nesta habilidade, mas nem todos podem querer isso. E como grande parte das posições de liderança no Brasil incluem gestão, este tema pode ser um desafio e tanto.
E qual o caminho para aqueles que não querem assumir este papel? Para aqueles que decidem não seguir o caminho da liderança, Milena sugere alternativas como a especialização em áreas técnicas, papéis consultivos ou foco em projetos colaborativos que valorizem a expertise sem a pressão da gestão de equipes. “Existem muitas maneiras de contribuir significativamente para uma organização sem estar em um papel de liderança formal”, diz Milena.
Já para os profissionais que desejam evoluir em suas carreiras de liderança, a recomendação é investir em desenvolvimento pessoal e profissional contínuo. “Coaching, mentoria e formação em habilidades de comunicação e gestão de conflitos são essenciais para aqueles que aspiram a se tornar líderes eficazes e adaptáveis”, aconselha. Participar de programas de treinamento, ler livros sobre liderança e buscar oportunidades práticas de liderança também contribuem significativamente para o desenvolvimento dessas competências.
Incorporar sessões de coaching e buscar mentoria de líderes experientes pode oferecer insights valiosos, orientação personalizada e acelerar significativamente o crescimento nas habilidades de liderança. – Fonte e outras infotmações: (https://www.mbpeople.com.br).