Diante do atual cenário econômico brasileiro, pequenas, médias e grandes empresas têm buscado alternativas para fortalecer seus negócios. Nesse contexto, a internacionalização aparece como uma aliada para quem está em busca de diversificar e expandir as atividades da companhia, além de se diferenciar dentro do mercado em relação aos concorrentes.
Pensando naqueles que estão no início do caminho rumo ao território internacional, Bruno Drummond, sócio e fundador da Drummond Advisors, empresa com mais de 10 anos de experiência em operações cross border entre Brasil e Estados Unidos, reuniu cinco dicas de ouro sobre internacionalização para empresas brasileiras interessadas nos EUA. Confira:
1 – Faça um estudo de mercado. O primeiro passo para uma empresa que está de olho na internacionalização, seja ela de produtos ou serviços, deve ser o estudo de mercado.
Os consumidores norte-americanos têm expectativas, exigências e necessidades diferentes daquelas que os brasileiros costumam apresentar, por isso é importante fazer a “lição de casa” e saber quais pontos terão de ser adequados para que a marca possa atingir o público-alvo no novo país.
2 – Escolha o local de atuação ideal. Tomar uma decisão estratégica ao decidir o local em que a empresa irá operar é fundamental para todo o planejamento de internacionalização, uma vez que existem variações entre os estados em termos de tributação, alíquotas e datas de vencimento das obrigações fiscais.
É preciso identificar qual o estado que se adequa melhor ao negócio e suas necessidades, principalmente nesse momento de entrada no país. Nos Estados Unidos existe até mesmo a possibilidade da empresa se estabelecer num determinado local, devido aos benefícios fiscais oferecidos por aquele estado, mas operar em outro. Ou seja, fazer uma análise aprofundada é fundamental antes de tomar qualquer decisão.
3 – Proteja sua empresa. Registre sua marca nos EUA! Outro importante passo é o registro de marca. Ao registrar as palavras, as figuras e os símbolos que distinguem a marca, além de proteger a identidade visual, a empresa consegue melhorar sua imagem e passar mais credibilidade no mercado. Com o registro a marca fica protegida por 10 anos.
4 – Defina como será sua operação. Representação, filial, subsidiária e afiliada. Existem diversas possibilidades de atuação, cada uma com suas especificações.
Representação: não exige criação de pessoa jurídica e permite somente a execução de pesquisa, suporte, publicidade, promoções e compra de bens em nome da sede no exterior, porém não autoriza fazer negócios, assinar contratos nem contratar funcionários.
Filial: não exige criação de pessoa jurídica, mas pede registro da empresa estrangeira (matriz) nos EUA e conta com atividades permitidas mais abrangentes que no caso da representação. Nesse modelo há a exigência de entrega do annual report e pagamento de tributos para o governo norte-americano.
Subsidiária: exige a criação de uma pessoa jurídica distinta da controladora estrangeira, que pode ser tributada entre 25% a 39%, (dependendo de seu Lucro Líquido). A distribuição de dividendos para a controladora estrangeira está sujeita ao imposto retido na fonte com tributação em 30%.
Afiliada: empresa americana que faz parte do grupo econômico de um mesmo investidor, mesmo que as companhias não desempenhem o mesmo papel. Essas entidades devem ter pelo menos um sócio (Pessoa física ou jurídica) em comum.
5 – Faça um bom planejamento tributário! O Tax Planning busca trazer soluções operacionais menos onerosas para a empresa e dentro da legislação vigente no país. Um bom planejamento tributário resulta na redução na carga tributária, melhoria do fluxo de caixa e na diminuição do risco fiscal. Trata-se de uma das ferramentas mais importantes antes, durante e depois da expansão para outro país.
Vale ressaltar que o processo de internacionalização abrange diversos aspectos específicos, por isso é importante contar com orientação especializada durante sua execução. – Fonte e mais informações: (https://drummondadvisors.com/pt/).