Com a constante transformação digital, o mundo corporativo está passando por uma série de mudanças internas a fim de se modernizar, combinando tecnologia e atendimento humanizado. Além disso, a partir do conceito utilizado por startups em criar um modelo de negócios repetível e escalável, novas metodologias mais sistemáticas para gerar inovação começaram a ganhar força também nos ambientes tradicionais.
De acordo com um levantamento realizado pela Troposlab, consultoria especializada em inovação, atualmente, as organizações estão em busca de estratégias e modelos que gerem crescimento em seus negócios, viabilizados pela tecnologia, mas sustentados pela capacidade de seus produtos e serviços em gerar valor para o cliente.
“A busca por padrões exponenciais desencadeia um processo de geração de inovação profundo e de vários tipos. Precisamos repensar e digitalizar operações, redesenhar a experiência do cliente, descobrindo novos meios de relacionamento, além de encontrar modelos de negócios tanto para produtos e serviços modernos quanto para tradicionais”, afirma Renata Horta, Sócia-fundadora e Diretora de Inovação e Conhecimento da Troposlab.
Para a executiva, agilidade, experiência do cliente, fail fast, mvp, NPS, entre outros, passaram a ser utilizados em múltiplas áreas e isso está mudando a forma de trabalhar nas empresas. Criadas para um ambiente de incerteza que necessita rapidez para mitigar os riscos com recursos limitados, essa forma de agir e pensar no mercado, denominada como Pensamento Ágil, pode trazer grandes benefícios para empresas de todos os setores. Por trás desse conceito, existem quatro pilares fundamentais.
. O cliente no centro – Processos ágeis e mais focados na geração de valor para o cliente do que no “escopo” ou no produto. O Design Thinking é um processo de inovação conhecido por ser centrado no humano, e tem esse como um dos seus princípios. O Customer Development carrega a importância do cliente no nome e é centrado na “validação” e teste de tudo o que é proposto.
. Experiência humana para gerar valor – Metodologias e ferramentas são necessárias para compreender de forma empática todos os envolvidos no processo, usando esses insights da experiência humana para gerar valor de forma consistente. A diferença entre esse e o primeiro ponto está no fato de usar o próprio cliente como fonte de insights para a solução desenvolvida, não somente atendê-lo, já que ele participa ativamente do processo e a maior fonte de inovação vem da experiência qualitativa desse contato.
. Diversidade e colaboração -Times colaborativos e diversos são essenciais, pois a variabilidade de histórias e repertórios comportamentais aumentam a chance de gerar empatia e soluções com criatividade para os desafios trabalhados. As equipes compartilham a responsabilidade por trazer as soluções e geram valor em conjunto. Os limites do que é trabalho de cada um são flexíveis.
. Validação de dados – Todo trabalho deve ser sustentado por dados. As validações são formas de gerar dados reais sobre premissas ou hipóteses assumidas no período de inovação. Não se trabalha com achismos e as opiniões não devem ser levadas em consideração. Somente a realidade pode responder o que gera valor, qual o problema ou a intensidade dele.
“O mundo não é mais sobre ter controle como a teoria tradicional da administração de empresas ensina. É sobre performar no caos, mas sem perder a consistência. Isso requer pensamento ágil e inovação. Esse é o momento em que as empresas estão investindo no aprendizado de seus colaboradores.
Se um líder ainda gera suas ideias e projetos sozinho, não conversa diariamente com seu cliente para entender as suas novas necessidades, se suas métricas são prioritariamente financeiras e ou se o seu time é composto por pessoas que compartilham sempre opiniões e valores parecidos e têm medo de errar, é hora de pivotar suas práticas ou será tarde demais.” conclui Horta. – Fonte e outras informações: (https://troposlab.com/).