O presidente da Petrobras, Pedro Parente, disse ontem (28) que a resposta para o preço alto dos combustíveis no Brasil não está na estatal.
O executivo participou de um seminário sobre o setor petrolífero, na Fundação Getulio Vargas (FGV) e disse que a empresa pratica uma política de preços semelhante à de outros países.
“[Para] A questão do preço caro do combustível, a resposta não está na Petrobras. Porque, se estamos praticando um preço cuja referência é internacional, por definição, não é um preço injusto”, argumentou Parente. “Se nas bombas a gente tem um preço que é um múltiplo do preço da Petrobras, se na gasolina o preço é menos do que um terço do que em média acontece nas bombas, o problema não é a Petrobras”.
A política de preços, na avaliação de Parente, é importante para que a Petrobras possa “lidar com as importações” e garantir sua participação no mercado brasileiro. Disse a jornalistas que a situação do endividamento da empresa teve uma grande redução e citou o plano de chegar a 2022 com um nível comparável às melhores companhias petrolíferas do mundo. “Isso é bom. A gente já andou uma parte, mas não chegou lá ainda. A gente não pode achar que o problema está resolvido”.
No último balanço divulgado pela estatal, referente ao terceiro trimestre do ano passado, o endividamento somava cerca de US$ 87 bilhões. “Ninguém pode olhar para uma dívida dessa e achar que a situação da empresa está resolvida”, ponderou o executivo (ABr).