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Para superar 2025, empresas precisam investir mais em planejamento financeiro

em Destaques
segunda-feira, 24 de março de 2025

O alerta é do especialista em gestão financeira, Kleber Amora, que defende a necessidade de revisões mais constantes de orçamento para assegurar a sustentabilidade dos negócios.

Alta dos juros nos EUA e volatilidade do dólar. Inflação persistente e incertezas sobre a política fiscal do País no Brasil. Queda na atividade industrial nacional e custo elevado de capital, impactando negativamente financiamentos e projetos de longo prazo. O ano de 2025 vem impondo desafios econômicos que estão exigindo das empresas nacionais um nível mais elevado de maturidade financeira. Com um ambiente de negócios instável, o planejamento orçamentário deixa de ser apenas um diferencial para se tornar uma condição essencial de sobrevivência.

“As organizações que ainda enxergam o planejamento orçamentário como um mero exercício contábil precisarão mudar essa perspectiva. Ele é uma ferramenta dinâmica que permite uma gestão financeira mais eficiente e assertiva”, afirma o especialista em gestão financeira, Kleber Amora.

Um dos principais problemas enfrentados pelas empresas, segundo ele, é a falta de previsibilidade orçamentária e a subestimação de riscos. “Muitas companhias ainda operam com um fluxo de caixa básico, sem projeções detalhadas de cenários ou mecanismos claros de mitigação de riscos. Isso compromete a sustentabilidade do negócio a longo prazo”.

O especialista ressalta que o planejamento orçamentário deve ser atualizado regularmente para refletir as oscilações do mercado e garantir tomadas de decisões mais eficazes. “Tratar o orçamento como um documento estático é um erro grave. Com o cenário econômico volátil, é fundamental revisá-lo periodicamente e ajustá-lo conforme as mudanças”, explica Amora, que também é , e CEO da Berry.

A automação de processos e o uso de ferramentas de análise preditiva também são apontados como aliados na gestão financeira das empresas. “Essas tecnologias ajudam a mapear riscos e oportunidades, permitindo uma administração mais estratégica dos recursos financeiros”, diz.

Com o custo do dinheiro mais alto, Amora reforça a importância de reavaliar as estruturas operacionais em busca de eficiência. “Revisitar processos internos, renegociar contratos e priorizar investimentos que tragam retorno real são medidas essenciais. Cada real investido precisa gerar valor para o negócio”, alerta.

A alocação estratégica de recursos também será determinante para o crescimento sustentável. “Em muitos casos, o investimento precisará vir antes do retorno. Por isso, é essencial garantir um planejamento financeiro que suporte esse período sem comprometer a saúde da empresa”, explica.

Para Amora, companhias que estruturam um planejamento orçamentário sólido e mantêm uma gestão financeira disciplinada estarão mais preparadas para enfrentar os desafios e aproveitar oportunidades no mercado. “O futuro pertence às empresas que planejam. E, em 2025, esse planejamento precisará ser mais robusto, realista e estratégico do que nunca”, conclui.