No dia 10 de novembro de 1937 Getúlio Vargas outorgou a Constituição que marcou o Estado Novo. Seriam 8 anos de governo autoritário no país. Os anos 20 e 30 do século XX foram marcados por radicalismos políticos.
O comunismo na União Soviética, o nazismo na Alemanha e o Fascismo na Itália eram movimento que antagonizavam com os ideais da Democracia Liberal.
A crise econômica no final dos anos 20, com o crash da Bolsa de Nova Iorque, deu ainda mais forças às soluções políticas autoritárias ou totalitárias, esvaziando o apoio à Democracia. E o Brasil não ficou imune a esse cenário. Por aqui, os ideais fascistas foram enaltecidos pela Ação Integralista Brasileira, enquanto os adeptos do comunismo se filiaram à Aliança Nacional Libertadora. Mas, até 10 de novembro de 1937 o Brasil ainda vivia sob a expectativa de que as eleições de janeiro de 1938 pudessem amenizar o clima de radicalismos.
No entanto, as brigas políticas e as disputas entre oligarquias estaduais, levaram o presidente Getúlio Vargas a decretar o Estado Novo, que começou a ser pensado meses antes de novembro. Ainda em meados de 1937, Getúlio Vargas já havia encomendado o texto da nova Constituição ao jurista mineiro Francisco Campos, ministro da Justiça de 1937 a 1942. Campos, ou Chico Ciência, foi o principal ideólogo do Estado Novo.
Na ponta política, Vargas contou com a habilidade e o apoio do governador de Minas Gerais, Benedito Valladares, que, por mais que tenha se esforçado na busca de um candidato de consenso e que apaziguasse as desavenças políticas, foi um importante aliado do presidente na tomada da decisão. Com apoio político e sem contestação popular, Getúlio buscou ainda o apoio dos militares para ação. Foram oito anos de governo autoritário, sem liberdade de imprensa, com o Congresso fechado e sem partidos políticos (Ag.Senado).