Com uma inflação em alta e uma volatilidade cambial que desafia até os investidores mais experientes, a diversificação global do patrimônio surge como estratégia para proteger e potencializar investimentos. Dolarizar parte do portfólio, ou seja, alocar ativos em dólar, tem se mostrado uma medida prudente para mitigar riscos associados à desvalorização do real.
O Brasil continua a enfrentar desafios estruturais que impactam a economia, como a instabilidade política e a dependência de commodities, o que tem levado a uma saída significativa de capitais estrangeiros do país, pressionando ainda mais a moeda local. Isso reforça a necessidade de buscar refúgio em moedas mais fortes que oferecem proteção contra a volatilidade cambial e acesso a mercados mais estáveis e diversificados.
. Por que dolarizar parte do patrimônio – A diversificação é a chave para navegar em tempos de volatilidade. Segundo Caio Mastrodomenico, consultor financeiro e autor do livro “Me Formei Médico e não Empresário – E Agora?”, investir em ativos denominados em dólares é uma forma eficaz de proteger o patrimônio contra a desvalorização do real e as incertezas econômicas.
“Ao alocar uma parte do portfólio em ativos globais, o investidor pode reduzir sua exposição ao risco específico de um único país ou região”, explica. Investir em ativos dolarizados é uma estratégia essencial não apenas para preservar o patrimônio, mas também para explorar novas oportunidades de investimento.
“Os mercados globais oferecem uma gama mais ampla de opções, desde ações de grandes empresas até fundos imobiliários em mercados desenvolvidos, que tendem a ser menos voláteis e mais previsíveis”, acrescenta Mastrodomenico.
. Oportunidades no mercado global – Globalizar o portfólio não só proporciona segurança, como também abre portas para oportunidades que não estão disponíveis no mercado interno. O mercado de ações norte-americano, por exemplo, continua a ser uma das opções mais atraentes para os investidores.
Mesmo com a volatilidade global, empresas de tecnologia, saúde e energia no exterior têm apresentado crescimentos expressivos, com rendimentos superiores aos dos mercados emergentes. “Com a digitalização e a transição energética, surgem oportunidades em setores em pleno crescimento que oferecem retornos a longo prazo”, ressalta o especialista.
. Por onde começar? – Para aqueles que desejam iniciar a dolarização, investir em ações através de corretoras internacionais, fundos de investimento em dólares, e fundos negociados em bolsa (ETFs) são algumas das formas de expor o portfólio ao mercado global.
“Para quem está começando, é fundamental contar com a orientação de um assessor de investimentos que entenda o perfil do investidor e ofereça soluções alinhadas com objetivos de longo prazo”, aconselha Mastrodomenico.
Em um mercado cada vez mais interconectado, diversificar o portfólio é uma necessidade para qualquer investidor que busca crescer seu capital de forma sustentável. No entanto, é essencial acompanhar de perto as mudanças nas políticas econômicas e fiscais dos países onde se pretende investir.
“Internacionalizar exige uma compreensão das tendências macroeconômicas globais, especialmente em relação às taxas de juros, que têm um impacto direto sobre o desempenho desses ativos”, finaliza o especialista. – Fonte e outras informações: (https://www.instagram.com/caio.mss/).