O diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Roberto Azevêdo, afirmou ontem (13), após audiência com o presidente interino, Michel Temer, que a organização está à disposição do governo brasileiro para ajudar, no que for possível, na recuperação do crescimento econômico do país.
Para Azevêdo, a retomada do crescimento não será um processo imediato, que vá ocorrer “da noite para o dia”.
Azevêdo disse que também colocou Temer a par das negociações no âmbito da OMC. “Vim, mais uma vez, aprofundar o diálogo entre o governo brasileiro e a OMC, que continua sempre interessada em avançar no diálogo com o Brasil e facilitar a inserção do país no comércio internacional”. Questionado sobre a atual situação do país, o diretor-geral da OMC respondeu que esse é um momento de “turbulência” e “recessão” para o país.
“Não é um momento fácil para o país. É um momento de turbulência em todas as áreas, na área econômica, em particular. A recessão não é pequena, não é uma coisa de que se possa ignorar a profundidade, a importância. Mas acho que ninguém no Brasil, muito menos no governo, ignora essa situação e estão todos trabalhando para reverter isso no mais curto prazo possível”.
Azevêdo se disse “perplexo” com notícias sinalizando que ele e Serra estariam em oposição. “Nem eu, nem ele entendemos isso, porque falamos exatamente a mesma coisa: que o Brasil tem que procurar avançar no comércio internacional, em abertura de mercados, em qualquer via que permita que isso aconteça. Estamos perfeitamente afinados” (ABr).