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O PMO de hoje não é o mesmo de ontem: o que isso significa?

em Destaques
terça-feira, 25 de junho de 2024

Leila Santos (*)

O sucesso de projetos e a eficiência de operações de uma organização são estabelecidas com exatidão graças ao PMO (Project Management Office), que, em tradução livre, significa Escritório de Gerenciamento de Projetos, ou seja, uma estrutura organizacional responsável por padronizar e melhorar as práticas de coordenação de projetos.

Através de suporte, orientação, metodologias, ferramentas e recursos, alinhar objetivos de forma estratégica possibilita que projetos alcancem o almejado sucesso e agreguem valor às engrenagens responsáveis.

Levando em consideração que o ambiente empresarial está em constante mudança, sempre impulsionando novas dinâmicas corporativas, o PMO também se adere a tal volatilidade, modernizando-se em conjunto com as evoluções empresariais quanto à prática de projetos.

Um exemplo claro, citando a agilidade como fator principal, se dá com a forma como abordagens para lidar com mudanças e incertezas eram feitas. Antigamente, sem muita precisão e visibilidade de informações, não era possível garantir o alto desempenho na gerência de projetos, e, hoje, a tecnologia entra como protagonista para suprir preocupações e promover mais segurança e sustento para tais processos.

Por que os métodos tradicionais não funcionam mais? – A habilidade em gestão de projetos tem sido cada vez mais procurada por empresas que priorizam otimizar processos e alcançar objetivos específicos, e tem se tornado cada vez mais moderna.

Ao mesmo tempo em que compartilha uma grande preocupação para a área: o fato de empresas ainda operarem projetos do modo tradicional e estarem presas no passado. Isso significa que há novas tendências estimulando os serviços de PMO, baseando-se mais em análises de dados, meios sustentáveis e ferramentas atualizadas, que tornam o sistema devidamente integrado.

Sendo uma área em ascensão, um estudo promovido pelo PMI (Project Management Institute) através da pesquisa “Talent Gap: Term-Year Employment Trends, Costs and Global Implications”, afirma que são esperados 25 milhões de novos gerentes de projetos para ingressarem no mercado até 2030.

Como reflexo, pode-se esperar que a área cresça operacionalmente na mesma proporção da aderência de novos profissionais, reforçando que ir além de estratégias, adotando métodos ágeis, como Scrum, automações como a IA (Inteligência Artificial) e se concentrar na gestão analítica são novas fundamentações que regem o trabalho de PMOs.

Hoje em dia, a qualidade de gerência de projetos não consegue mais ser medida por estruturas e escopos rígidos, especialmente quando a complexidade empresarial cresce e requer o contrário: adaptabilidade e preferência por metas racionais, considerando planos para evitar atraso de entregas e despesas adicionais por não cumprir com as expectativas dos clientes. Sendo assim, é evidente que o futuro do PMO se alia às evoluções organizacionais e precisa da inovação, da flexibilidade e da eficiência como base de desenvolvimento.

O novo universo do PMO: tecnologia, sustentabilidade e análise de dados
Fornecer insights é um bem valioso para muitos setores e serviços, e não seria diferente para a área de PMO, que leva em consideração investimentos, padrões e dados para gerar suas abordagens e estratégias. Assim, metodologias baseadas em squads e sprints têm ganhado espaço no mercado por alinharem tecnologia com agilidade, oferecendo um ambiente colaborativo e flexível, que permite ser moldado.

Aqui está um segredo que nunca contaram sobre a vantagem do serviço PMO de ponta: ao invés de deixar um projeto moldar sua empresa, com as estratégias e ferramentas ideais, o contrário acontece e é a sua empresa quem molda e ajusta os projetos, de acordo com as necessidades, contextos e mudanças.

Tão importante quanto a inovação tecnológica, o PMO também tem se apoiado em duas novas tendências: inteligência analítica e diretrizes de ESG (Environmental, Social and Governance). Sobre a inteligência analítica, cria-se um viés consciente e preciso para o tratamento de informações, com melhorias significativas na comunicação e na seleção de prioridades.

Já em relação às práticas sustentáveis, com a ESG, o mundo empresarial engaja cada vez mais nas pautas ambientais e em prol da sustentabilidade, logo, o PMO também sustenta esse discurso ao integrar responsabilidade social na gestão de seus projetos, olhando para diversidade, inclusão, controle de resíduos e redução de emissões de carbono.

Considerando, portanto, que a gerência de projetos está altamente relacionada com a capacidade de empresas serem flexíveis e moldarem suas metas de acordo com as dinâmicas da esfera corporativa, o PMO orienta-se no mesmo caminho da inovação.

Sendo primordial para que projetos promissores sejam executados com maestria, escolhendo ferramentas que desmitificam desafios de improdutividade e de orientação de fases de um projeto, uma governança baseada em pilares de tecnologia, ESG e inteligência analítica reproduz, com fidelidade, o que o PMO atual deve ser: moderno, assertivo e consciente de seus compromissos ambientais e sociais.

(*) – É Sócia Diretora na Actionsys (https://actionsys.com.br/).