Com a crise econômica muitas mulheres acabaram perdendo o emprego e viram no empreendedorismo uma maneira de conseguir uma renda extra, ou até mesmo a possibilidade de ter um horário mais flexível de trabalho. E é, justamente para que essa nova etapa não tenha surpresas desagraváveis que pedimos à jornalista e consultora de negócios Alice Salvo Sosnowski algumas dicas valiosas para quem quer abrir e manter a empresa. Confira:
- Encontre uma oportunidade de mercado – observe as lojas, o e-commerce, os novos produtos. O mercado mudou muito com a pandemia e novas oportunidades se abrem a partir desse contexto. Pense nas vezes que precisou comprar algo nos últimos tempos e foi difícil ou você não achou. O que você acha que as pessoas buscam e não encontram? Faça uma pesquisa sobre problemas e soluções e elenque todas as ideias dentro da sua área de interesse.
- Passe pelo filtro de viabilidade – a partir das suas primeiras observações e com algumas possibilidades em mente, é hora de verificar se a ideia atende uma demanda de mercado. Faça as seguintes perguntas: sua ideia resolve um problema real? Traz um benefício claro para alguém? Tem um número significativo de pessoas dispostas a pagar? Tem potencial de lucratividade? Essas questões são essenciais para que uma boa ideia se transforme, de fato, em um negócio rentável.
- Tenha um negócio que combine com o seu perfil – por mais que você encontre a melhor oportunidade de negócio, ela tem que estar associada a suas paixões pessoais, motivações intelectuais e capacidade de realização. Saiba que várias boas oportunidades não deram certo em função dessa falta de alinhamento entre a oportunidade e o perfil do empreendedora. Trabalhar muito por algo que não o inspire e motive não o levará longe.
- Aposte em um diferencial – é preciso saber a importância de não ser apenas mais uma. Para isso, procure saber qual a diferenciação que você irá oferecer em relação aos concorrentes. A ideia é realmente ser melhor que as soluções já oferecidas no mercado. Não vale só copiar o que já existe. Questione: por que as pessoas iriam ficar interessadas em comprar o meu produto e serviço e não o de outra empresa? Sempre pense do ponto de vista de benefícios que sua solução traz como personalização, desempenho, atendimento, economia, acessibilidade, etc.
- Tenha um colchão financeiro – já vi muitas pessoas que desistiram de empreender porque precisavam pagar as contas do mês e não se prepararam para ficar sem dinheiro durante um período de tempo. Acredite: um negócio demora para dar retorno. Muito mais do que somos capazes de prever. Por isso, prepare-se financeiramente para não deixar seu fluxo de caixa pessoal atrapalhar a nova empresa.
- Venda seu peixe – para aumentar a visibilidade de um negócio, principalmente no mundo digital, a primeira coisa é saber como usar da melhor maneira possível as mídias sociais como Facebook, Instagram, Twitter, Tik Tok e outras, dependendo do segmento de atuação da empresa. Se prepare para entregar informações e gerar conexão com os seus clientes. Crie notícias, vídeos, ebooks, posts, artigos, imagens, infográficos e outros recursos para criar um relacionamento com seu público. Mais do que vender, divulgar o propósito da sua empresa é o pulo do gato dos negócios
- Acredite no seu potencial – minha experiência mostra que bons negócios acabam porque a empreendedora não está preparado emocionalmente para os desafios. Por isso, coloquei como última questão a que deveria ser a primeira (mas se colocasse antes, provavelmente você pensaria que era apenas uma autoajuda). O meu conselho principal é: invista no autoconhecimento, conheça seus pontos fortes e fracos, exercite suas soft skills e habilidades comportamentais como inteligência emocional, empatia e negociação.
Também não deixe de praticar o autocuidado: reserve um tempo para você e sua família, relaxe, cuide da saúde física, mental e emocional. E pode ter certeza: quanto melhor está o empreendedor, melhor está o negócio! – Fonte e outras informações: (www.opulodogatoempreendedor.com.br).