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O cenário de modernização por meio da RPA

em Destaques
quarta-feira, 30 de março de 2022

Cláudia Oliveira (*)

Atualmente, a presença da tecnologia no ambiente de trabalho é uma realidade incontestável. Dentro do escopo do avanço tecnológico sobre o meio empresarial, a RPA (Automação Robótica de Processos) padroniza etapas operacionais sob a assertividade da máquina, com ganhos de agilidade, precisão e segurança, em meio a um movimento de transformação.

A importância dessa tecnologia mostra-se ainda mais incisiva no Comércio Exterior. Afinal, estamos lidando com um cenário extremamente desafiador, em que a busca por melhorias processuais é um objetivo compartilhado por todos, sem exceções.

No Brasil, em meio à onda de modernização e simplificação do Comex, muitas importadoras e exportadoras procuram por métodos de acompanhar esse momento e desfrutar de vantagens competitivas imprescindíveis. Neste sentido, a RPA pode ser o que faltava para organizações com pouca expertise no assunto.

. O processo de transformação digital – A necessidade de automatizar procedimentos é debatida com frequência, dada à relevância do tópico no mercado atual. Entretanto, outro ponto que vale citar é que muitas companhias não sabem por onde começar essa espécie de transição ao digital.

Não há nada de errado com isso, especialmente se considerarmos que muitos negócios carecem de uma visão estratégica sobre as possibilidades ligadas à tecnologia, bem como o suporte de especialistas na área. Toda implementação tecnológica, para que provoque os efeitos desejados, precisa ser completa e personalizada.

Deve atender às principais demandas da empresa, sem desconsiderar a mudança cultural que, certamente, influenciará os profissionais envolvidos no cotidiano operacional. Por isso, o auxílio de quem está acostumado a extrair o que há de mais enriquecedor em termos tecnológicos é fundamental.

Com a RPA automatizando processos repetitivos e até mesmo exaustivos, se deixados a cargo dos colaboradores, a organização encontra a oportunidade de readequar as equipes de trabalho para atividades mais estratégicas, que desafiem e estimulem a produtividade das pessoas, valorizando suas maiores capacitações.

No Comércio Exterior, essa vantagem se mostra fundamental. Como resultado, podemos destacar uma cultura corporativa amadurecida digitalmente, com sinergia e equilíbrio para conquistar um novo patamar competitivo.

. A RPA e o fluxo de dados – Ao discutirmos a relevância da tecnologia hoje em dia, a figura dos dados sempre acaba puxando uma ampla parcela das atenções. Não por acaso, pois se trata de um elemento prioritário, na medida em que conceitos de análise, cibersegurança e eficiência são fatores decisivos para o sucesso de qualquer negócio.

Outra mudança positiva recai sobre a proteção dos dados já que, em tempos de LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), é preponderante que as companhias se preocupem com noções de privacidade, consentimento e transparência.

Dessa forma, pensando no Comércio Exterior e considerando o alto volume de informações compartilhadas, em fontes diversificadas, a automatização do fluxo informacional é uma iniciativa bem-vinda para os que desejam garantir a integridade dos dados e a excelência das operações.

. As mudanças atreladas à desburocratização – O Comércio Exterior tem passado por mudanças complexas nos últimos anos, e parte desse fenômeno tem sido representado pela modernização do setor, com ações voltadas para a simplificação da comunicação entre público e privado.

Por parte do Governo Federal, soluções e programas digitais têm exigido uma resposta imediata de exportadoras e importadoras, para que elas possam usufruir dos benefícios propostos. No intuito de deixar aquele passado de excesso de burocracia para trás, a tecnologia é ponto de comum acordo entre todos.

Sem ela, dificulta-se a preparação de um terreno empresarial responsivo, flexível e adaptativo. Portanto, a automatização é uma via praticamente obrigatória, que deve ser pavimentada com um diagnóstico preciso e a participação de especialistas.

Logo, a RPA, na prática, modifica as estruturas operacionais a fim de proporcionar ganhos elevados de eficiência, segurança e adaptabilidade. Para os que lidam com o dia a dia do Comex brasileiro, trata-se de uma opção viável e capaz de ampliar o alcance estratégico do gestor, sempre sob o respaldo de um plano de fundo digitalizado.

Enquanto isso, vale relembrar que os profissionais atuarão de forma mais inteligente, dentro de um espectro analítico que só valoriza o protagonismo humano.
Ademais, os impactos da RPA para o Comércio Exterior são positivos, uma vez que sua empresa encontre a metodologia de inovação mais compatível com a realidade enfrentada.

Por fim, a automação pode maximizar resultados e dar um verdadeiro salto de competitividade, destacando-se em um mercado dinâmico, exigente e que enxerga a tecnologia com olhos positivos.

(*) – Com MBA em Marketing pela FGV e MIT; e em Gestão de TI pela FIAP, é COO da eCOMEX NSI.