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O 5G vai substituir a banda larga fixa? Entenda os prós e contras dos provedores de internet

em Destaques
segunda-feira, 12 de dezembro de 2022

No primeiro semestre deste ano, a rede 5G chegou oficialmente ao Brasil, começando por Brasília, que recebeu a tecnologia em julho.

As vantagens da quinta geração de rede de internet móvel vão muito além de maior agilidade para navegação e transferência de dados. A tecnologia 5G gasta menos energia que as redes 4G atuais, suporta a conexão de mais aparelhos por área, e uma das principais vantagens é a diminuição drástica do tempo de latência, o que significa que o intervalo entre o comando e a transmissão é de microssegundos. Todos esses benefícios, porém, não significam o fim da internet fixa fornecida pelos provedores.

Dados mostram que o mercado de provedores de internet fixa está em crescimento. Os assinantes de banda larga fixa passaram de 36,3 milhões em dezembro de 2020 para 41,4 milhões em dezembro de 2021, um crescimento de 14%, de acordo com dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Outro ponto favorável dos provedores é oferecer internet por meio da fibra óptica, que possui maior velocidade de conexão e sem interrupções. Só em 2021, os acessos via fibra óptica chegaram à soma de 26 milhões.

Para Flávio Gonçalves, CEO da SIPPulse, “provedores que fornecem o serviço de internet fixa por meio de fibra óptica estão um passo à frente, uma vez que oferecem maior qualidade para os usuários”. A SIPPulse é uma empresa catarinense de tecnologia voltada ao desenvolvimento de soluções ao mercado de telecomunicações para provedores de internet e contact centers. Entre os usuários dessa tecnologia está a Unifique, uma das empresas mais bem avaliadas pelos consumidores, de acordo com a pesquisa de satisfação anual de 2021 da Anatel, que oferece internet por fibra óptica.

Embora a base para a implementação seja a fibra óptica, a tecnologia 5G ainda é transmitida por meio de ondas de rádio, através de antenas, o que torna a rede suscetível a falhas e instabilidades. Isso favorece a banda larga fixa, uma vez que ela é mais confiável quando falamos de conectividade. Os últimos dois anos mostraram, mais do que nunca, que uma conexão estável e sem interferências é essencial para os modelos de trabalho implementados, além, é claro, dos serviços que passaram a ter uma integração maior com o digital, como a educação e a saúde. 

Tanto a banda larga fixa de fibra óptica quanto a rede 5G vão garantir um futuro mais seguro às pessoas, pois oferecem conexões mais rápidas e próximas de interações em tempo real mesmo à distância. “Existem muitas empresas, sejam privadas ou públicas, em que o serviço de atendimento ao cliente via telefone é obrigatório, como bancos, companhias aéreas e instituições do estado. Podemos pegar como exemplo os órgãos de saúde e segurança pública. Eles precisam ter um serviço de telecomunicação rápido e confiável para captar voz, dados e vídeos para ajudá-los a salvar vidas e evitar que algo de ruim aconteça”, explica o CEO da SIPPulse.

No início de outubro, todas as capitais brasileiras passaram a contar com estações de 5G. Isso representa 24% da população do país, ou seja, mais de 50 milhões de usuários. Mas existem dois favores que mostram que a nova tecnologia não estará ao alcance de todas as pessoas facilmente. Segundo dados da Anatel, há apenas 67 modelos de celular que suportam o 5G. Além disso, o cronograma do edital de licitação da agência — também chamado de Leilão do 5G —, mostra que a nova rede só estará disponível em todo o Brasil em 2029.