Em tempos de crise causada pelo coronavírus, os empreendedores precisam ter cautela para continuar a tocar os negócios com tranquilidade no retorno às suas atividades, após a pandemia. O Sebrae elaborou uma série de protocolos setoriais com orientações, sendo um deles voltado para os estabelecimentos escolares, possibilitando que gestores, professores, alunos, pais e demais profissionais da área possam retomar seus trabalhos com segurança adequada.
Além do alto poder de contágio, a incubação do vírus varia entre quatro e 14 dias, o que pode colocar a vida de outras pessoas em risco. Desse modo, é importante identificar servidores, professores e estudantes com suspeita de contaminação pelo coronavirus antes mesmo do ingresso no ambiente escolar. O documento sugere a abordagem e acompanhamento da sintomatologia dos funcionários e do público tanto no acesso à escola quanto durante as atividades nas dependências do estabelecimento.
O documento indica a elaboração de um plano de acolhimento aos estudantes, professores e demais profissionais da escola, assegurando que as infraestruturas do estabelecimento estejam adequadas no reinício das aulas, em particular, o mapeamento de acesso aos banheiros. Para isso, a escola deve fazer planejamento orçamentário prevendo a necessidade de reestruturação dos espaços, aquisição de material, principalmente de higienização e limpeza, entre outras medidas.
Os professores e funcionários devem estar a par dos cuidados para evitar o contágio do coronavírus. Para isso, o Sebrae orienta a realização de reuniões – preferencialmente virtuais, utilizando recurso de áudio ou videoconferência – com a equipe, para que sejam comunicados dos procedimentos adotados e o papel de cada um para garantir seu cumprimento após o retorno.
A escola também deve manter comunicação frequente, por meio de cartazes, entre outros meios, para orientar estudantes e professores sobre os cuidados e sintomas da doença. Caso algum indivíduo apresente febre acima de 37 graus, ele deve ficar em casa, período em que contará como licença médica, aponta o protocolo.
As escolas devem procurar distribuir o trabalho ao longo do dia, evitando concentrá-lo em um turno só, mantendo a distância segura entre professores, colaboradores e estudantes. O empresário também deve adotar medidas para diminuir a intensidade e a duração do contato pessoal entre os públicos interno e externo.
Para isso é importante priorizar agendamentos de horários de atendimento nos diferentes setores da escola, evitando a aglomeração nos corredores e banheiros, assim como nas enfermarias e locais de alimentação. No retorno às aulas, é preciso verificar a temperatura corporal dos alunos, professores e demais profissionais, antes da entrada nas instalações da escola. Uma das sugestões é escalonar as turmas na chegada, saída e durante o recreio.
O documento observa ser importante reduzir ou revezar em 50% o tamanho das turmas semanalmente como forma de aumentar os espaços entre as mesas e carteiras. O vão ideal seria em torno de 1,5 metro entre cada aluno. A escola deve incentivar rotinas de higienização das mãos, com utilização de água e sabão em intervalos regulares.
Outra orientação é estudar a possibilidade de fechar espaços comuns, como parques, ou mesmo escalonar e desinfetar os locais, além de diminuir o número de estudantes a usá-los.. Além disso, a escola deve incentivar a utilização de máscaras por alunos, professores e colaboradores. Se possível, ofereça máscaras faciais e lenços de papel para os instrutores e funcionários.
Também é responsabilidade do estabelecimento educacional exigir de todos que não sentirem bem e que estejam com febre, tosse ou dificuldade de respirar, que procurem atendimento médico e fiquem em casa – além de adotar políticas flexíveis de assiduidade e licença por doença. A escola deve ainda promover ações de apoio para alunos e funcionários em questões sociais e psicológicas do stress advindo das novas rotinas necessárias para manter o distanciamento social (AI/Sebrae).