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Nem sempre é falta de higiene: métricas incorretas potencializam recall de alimentos

em Destaques
quarta-feira, 17 de janeiro de 2024

Soda cáustica no suco de soja, ureia no leite de caixinha, pelos de roedor no molho de tomate. A contaminação de alimentos é uma séria questão de saúde pública. Com tantas possibilidades e uma recorrência alarmante, as doenças transmitidas por alimentos (DTA) já chegam a 250 tipos, segundo dados da Anvisa.

Assim, o recall causa um impacto econômico e moral significativo: o custo médio para uma empresa de alimentos é de U$ 10 milhões em despesas diretas, somando-se aos prejuízos à reputação e às vendas, conforme indicado por estudo realizado pelo Food Marketing Institute e pela Grocery Manufacturers Association.

Para o CEO do Metroex, empresa de tecnologia de soluções em metrologia, a qualidade e o controle de um processo devem ser sempre assegurados por meio de uma operação de medição assertiva, de qualidade e segura. “Dentro da Metrologia Legal, relacionada ao Inmetro, temos os aspectos das medições de volume e massa, garantindo que um litro seja realmente um litro e que um quilo seja, de fato, um quilo, por exemplo. E isso é só o começo”, destaca Neville Fusco.

Para garantir uma medição precisa e a entrega adequada ao consumidor, existem outras “curadorias”. No caso dos alimentos a métrica está relacionada ao Ministério da Agricultura. “Uma empresa de laticínios, por exemplo, precisa realmente garantir níveis corretos de gordura e sódio, além de assegurar a ausência de qualquer contaminante”, explica.

Assim, por meio de sua tecnologia customizável, a Metroex assegura que os laboratórios, ao realizar suas medições, estejam efetivamente operando de maneira precisa, com ensaios e métodos claros, desde a entrada da amostra até a emissão do relatório final. “Se a rotina não estiver alinhada, produtores e fabricantes podem sofrer as consequências. Falamos aí de multas que podem atingir valores milionários, podendo chegar até o fechamento da indústria”, ressalta.

Para o especialista, apostar na implementação de métodos tecnológicos e modernos de controle de qualidade é também uma responsabilidade social. Neville destaca o potencial risco de mercado, além da degradação do meio ambiente, e do impacto imediato no bem-estar humano. Ele destaca, ainda, um segundo ponto nessa relação entre empresas e medição: a prática comum de aguardar a fiscalização.

Ele enfatiza que as empresas deveriam se conscientizar e manter em dia e devidamente regulados os equipamentos de medição, como as balanças, por exemplo, sem depender da fiscalização para impor essas regulamentações. “A fiscalização deveria ser uma ferramenta adicional e não o elemento mais importante para garantir a conformidade regulatória”, destaca.

O não atendimento aos requisitos métricos também impacta significativamente na competitividade, se tornando uma barreira para a exportação, por exemplo. Isso é especialmente relevante considerando que a indústria brasileira de alimentos responde por 17,6% das exportações totais do país, chegando a 190 países que recebem produtos nacionais reconhecidos pela qualidade.

A eficiência dos processos de medição, que garante a proteção do consumidor e está de acordo com as exigências técnicas e legais obrigatórias, tem na tecnologia uma grande aliada. Métodos de calibração e ensaios apurados podem ser gerenciados por meio de softwares disponíveis no mercado, tornando a rotina das empresas e fabricantes muito menos burocrática e mais ágil, por exemplo. Fonte e mais informações: (https://blogdametrologia.com.br/).