O futuro ministro da Justiça, Sérgio Moro, anunciou que o novo governo vai apresentar ao Congresso um projeto para transferir o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) para o raio de influência da pasta, e apontou que o auditor fiscal Roberto Leonel é seu escolhido para presidir o órgão.
Outro anúncio de Moro foi que o procurador da Fazenda Nacional, Luiz Roberto Beggiora, chefiará a Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas, do ministério.
“Nessa linha de transferência, há um propósito de fortalecer o Coaf. Hoje o Coaf, lamentavelmente, sofreu com a redução do corpo funcional por questões circunstanciais. Acreditamos que no MJ conseguiremos melhorar a estrutura funcional”, disse Moro. A ida do Coaf para o Ministério da Justiça é um plano de primeira hora de Moro e vem sendo estudada desde de que ele recebeu o convite para o ministério da Justiça. A confirmação vem após o tema ser debatido entre todos os setores envolvidos, segundo Moro.
“Como é um órgão estratégico de inteligência e prevenção à lavagem de dinheiro, nós entendemos que é oportuna sua transferência, considerando que o Ministério da Economia vai ter muitas atribuições. O nome apontado por Moro para o Coaf, Leonel é o chefe da área de investigação da Receita em Curitiba e é o cérebro do órgão na atuação na Operação Lava Jato.
Moro explicou também que pretende priorizar, dentro da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad), a função de gestão dos bens e valores confiscados no tráfico de drogas. “Pela experiência que tem, Beggiora é a pessoa indicada para essa área de sequestro e confisco de ativos. Sabemos que é uma área muito lucrativa. Uma das estratégias é tirar o lucro que vem da atividade” (AE).