O conceito de Internet das Coisas (IoT, do inglês Internet of Things) já é conhecido de muitas pessoas e se refere a objetos do cotidiano ou máquinas que estão conectados à internet e que compartilham informações entre si e com plataformas na nuvem.
O que muitos não sabem, entretanto, é de que maneira esses equipamentos se conectam e se comunicam. A conectividade entre os dispositivos é um fator essencial para o desenvolvimento de uma economia 4.0.
Afinal, ela abrange não só as smart tvs, lâmpadas e outros itens que utilizamos em casa, mas elementos de cidades inteligentes como ônibus e semáforos, máquinas industriais e agroindustriais, sistemas governamentais e de logística. “O desenvolvimento de tecnologias de comunicação sem fio que sejam eficientes, padronizadas e de baixo consumo é o principal desafio da IoT atualmente”, afirma Jonas Ieno, CEO da Lieno Tecnologia.
“Com a popularização da IoT, a tendência é que sejam desenvolvidos modos de comunicação mais eficientes e baratos, com dispositivos que ‘conversam’ entre si de forma cada vez mais ágil e inteligente”, explica. Uma das formas de alcançar esse objetivo é utilizar a tecnologia de edge computing, que processa os dados diretamente no dispositivo, sem a necessidade de enviá-los para um centro de processamento ou “nuvem”.
Segundo Ieno, os diferentes modelos de comunicação atendem a objetivos específicos e devem ser aplicados de acordo com a situação e o objetivo do cliente. “Cada protocolo de comunicação possui seus pontos fortes e fracos, e a escolha do modelo de IoT empregado em um projeto depende de qual modelo oferece o melhor custo-benefício para a infraestrutura do cliente”, argumenta.
Conheça algumas das principais modalidades de comunicação na IoT disponíveis hoje em dia.
. CAT-M1 – Essa tecnologia é comumente utilizada em aplicações móveis, utilizando uma rede 3G ou LTE (Long Term Evolution), popularmente conhecida como 4G. Essa modalidade é utilizada quando o dispositivo precisa ficar permanentemente conectado à rede, como no caso de rastreamento de veículos. Dentre as vantagens, estão o baixo consumo de energia e melhor cobertura.
. Bluetooth Low Energy (BLE) – Especialmente atraente pelo baixo consumo de energia – como o próprio nome sugere -, o Bluetooth Low Energy (BLE) permanece “desligado” a maior parte do tempo e só é ativado para enviar informações específicas durante períodos determinados. Quando um cliente entra numa loja, por exemplo, o BLE pode enviar informações sobre produtos em desconto para seu smartphone.
. Sigfox – A rede Sigfox tem uma comunicação baseada inteiramente em software: em vez de ocorrer nos dispositivos, os dados são processados e transmitidos na nuvem. Assim, é possível que os objetos se comuniquem com rapidez e segurança mesmo quando distantes, ultrapassando possíveis ruídos que poderiam interferir na conexão.
Esse tipo de rede não permite a transmissão de uma grande quantidade de informações simultaneamente e, por isso, deve ser utilizada em situações que exigem um tráfego restrito de dados, como o monitoramento de temperatura de um ambiente, por exemplo.
. LoRa – O nome LoRa vem do inglês Long Range – longo alcance, em português. É que esse tipo de rede permite comunicação a longas distâncias com baixo nível de energia: objetos conectados via LoRa podem, por exemplo, se comunicar a distâncias que vão de três a quatro quilômetros em áreas urbanas e até a 12 quilômetros em áreas rurais, onde há menos interferência.
No Brasil, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) limitou o alcance das redes LoRa para até 2 quilômetros. Por sua grande capacidade de alcance, a tecnologia é utilizada para transmissão de informações em locais remotos ou de difícil acesso. – Fonte e outras informações: (https://lieno.com.br/site/).