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Ministro culpa crise por queda de matrículas no ensino superior

em Destaques
quinta-feira, 31 de agosto de 2017

O ministro da Educação, Mendonça Filho, culpou a crise econômica pelo quadro de estagnação do sistema privado do ensino superior.

A explicação foi apresentada durante divulgação, ontem (31), dos dados do Censo da Educação Superior de 2016. O levantamento aponta que foram registradas 8,05 milhões de matrículas em cursos de nível superior em 2016, ante 8,03 milhões de matrículas em 2015, o que representa variação de apenas 0,2%.
“A crise econômica afeta os ânimos e a disposição de jovens de se matricular. As famílias empurram jovem para que possam ajudar na renda familiar, o que dificulta os planos de acesso à educação superior”, argumentou o ministro. O Censo mostrou ainda que, pela primeira vez em 11 anos, o número de alunos na rede particular de ensino superior caiu. Em 2016, as instituições de ensino particular tinham 6,05 milhões de matriculados – 16,5 mil estudantes a menos do que no ano anterior. Para representantes do setor, a queda se deve à redução dos contratos do Fies e à crise econômica no País.
O ministro Mendonça Filho rejeitou relacionar, no entanto, a queda do número de estudantes na rede particular com a decisão do governo federal de restringir o acesso ao Fies, colocando como regras, por exemplo, a exigência de nota mínima de 450 pontos no Enem e teto de renda para os candidatos.
“Não há nenhuma relação. Acreditamos, inclusive, que o novo Fies vai possibilitar uma curva crescente de acesso à educação superior. A última oferta [de vagas] do programa é inferior à nossa projeção já dentro das novas regras”, afirmou.
Já a secretária executiva do MEC, Maria Helena Guimarães de Castro, admitiu a relação do Fies com a queda do número de matrículas no ensino superior privado, mas disse que os resultados foram impactados pela gestão no mandato da ex-presidente Dilma Rousseff. “A grande desaceleração foi em 2015 e impactou 2016, por essa razão estamos vendo essa tendência” (AE).