Nova modalidade adotada por empresas para contratar talentos, o chamado Social Hiring é tendência na área de Recursos Humanos e consiste em buscar e atrair profissionais qualificados a vagas de emprego utilizando as mídias sociais.
Com os devidos cuidados para evitar golpes cada dia mais comuns na internet, é possível se recolocar no mercado por meio de plataformas digitais, como explica Danusa Almeida, CEO da empresa de hunting Talento RH:
“A competitividade entre corporações e profissionais aumentou muito com as mudanças que vêm ocorrendo de forma acelerada no mercado. Acompanhar este movimento fazendo uso das ferramentas digitais também para os processos seletivos é um recurso que tem conferido mais agilidade e assertividade na peneira dos candidatos”.
A executiva de recrutamento e seleção acrescenta, ainda, que o cenário de perdas financeiras e isolamento social imposto pela pandemia e a aceleração tecnológica que este mesmo momento histórico provocou são fatores que influenciam no maior uso de mídias sociais na busca pelo preenchimento de vagas de emprego.
“Muitos perderam o emprego em um momento em que precisavam manter o isolamento, por exemplo. Sem dúvida, a busca pela recolocação ficou abalada pelas restrições da pandemia, que dificultaram entrevistas presenciais e entregas de currículo. Os meios digitais viraram uma solução. Mas é claro que tudo depende do perfil da vaga, pois há muitas questões a serem pesadas nesse contexto”, pondera.
Plataformas de recrutamento e redes sociais como as voltadas para networking, como é o caso do LinkedIn, são alguns exemplos de ferramentas que passaram a ser exploradas por empresas e job hunters para pincelar profissionais aptos a desenvolver as funções exigidas pelas ofertas de trabalho disponíveis –manter dados em dia nesses ambientes, portanto, é imprescindível.
Da mesma forma, profissionais tiveram mais acesso a vagas de emprego por meio da internet e seus diversos canais de interação e cadastro de portfólio. Outro recurso para atrair talentos é produzir conteúdo relevante nos canais digitais da empresa, criando interesse e atraindo profissionais que se identificam com a cultura da corporação.
“As mídias sociais permitem essa aproximação dos profissionais com empresas, recrutadores e colegas de profissão que podem abrir caminhos para oportunidades de trabalho”, acrescenta.
A dica é apenas ficar atento a abordagens que exijam pagamento de taxas para participações em processos seletivos, bem como a contatos feitos por aplicativos de mensagem. “É bom sempre se certificar bem da procedência do contato e consultar funcionários ou canais oficiais da empresa que estaria com vaga aberta, se possível”, diz Danusa.
É preciso desconfiar sempre que pedirem dinheiro para processo seletivo ou suposto curso preparatório, pois não é prática comum. A chance de ser golpe em casos assim é grande. A busca por uma recolocação cresce junto com a informalidade no país.
Segundo a Asserttem (Associação Brasileira de Trabalho Temporário) devem ser abertas, até este mês, mais de 600 mil vagas temporárias no Brasil – 15% a mais que o mesmo período do ano passado. Mais incerto e vulnerável, esse modelo de trabalho acaba sendo o viável para parte da população hoje estimada em 11 milhões de desempregados, segundo dados do IBGE.
“Quando há a possibilidade de concorrer a vagas por meios digitais, também, o candidato acaba abrindo portas para pesquisa e conquista de um novo emprego que atenda às suas necessidades, suas expectativas. A oportunidade ideal tem mais chance de aparecer, já que a grande maioria das posições é divulgada nas redes sociais”, diz Danusa. – Fonte e mais informações: (https://www.talentoarh.com/).