A imprensa internacional deu um grande destaque a destituição da presidente Dilma Rousseff pelo Senado ontem (31) e o juramento do novo mandatário, Michel Temer.
O jornal norte-americano “The Washington Post” informou que o Senado votou com maioria “esmagadora” pela saída de Dilma, sendo o ponto final de “um longo processo que dividiu o país”.
O “The New York Times” citou que os senadores brasileiros “expulsaram” a então presidente. “O Senado cassou Dilma Rousseff, primeira mulher presidente do Brasil, e a tirou do escritório para o resto do seu mandato, a pedra angular de uma luta de poder que consumiu a nação durante meses e derrubou um dos mais poderosos poderosos partidos políticos do hemisfério”, ressaltou.
O italiano “La Repubblica” explicou para seus leitores sobre a votação e disse que “Rousseff deixa assim definitivamente o cargo e a principal economia latino-americana, que muda de líder: Michel Temer assumirá como o 37º presidente da República brasileira”. O “Corriere della Sera” ressaltou a votação e a manutenção dos direitos políticos de Dilma e lembrou que Temer “guiará o Brasil até o fim de 2018, quando ocorrerão as próximas eleições presidenciais”.
O site do jornal britânico “The Guardian” fez um série de matérias para explicar todo o processo de impeachment e disse que “a primeira mulher presidente do Brasil” foi afastada e pôs fim “aos 13 anos do poder do Partido dos Trabalhadores”. Já o francês “Le Monde” citou que o julgamento final “foi uma maratona de dezenas de horas de debate técnico e apaixonado” e fez um perfil de Michel Temer, destacando que ele é “tão impopular quanto sua antecessora”.
Com o título de “Dilma deposta definitivamente”, o espanhol “El País” citou que a saída da presidente “culmina assim a mudança de governo mais traumática e esquizofrênica das últimas décadas”. O jornal argentino “Clarín” destacou que “chegou ao fim uma era”, lembrando o fim do ciclo dos presidentes do PT no Brasil. “Bastavam 54”, disse o jornal. Com diversas matérias em sua capa, o também argentino “La Nación” afirmou que “após nove meses de um polêmico, intenso e dramático processo de impeachment, o Senado do Brasil aprovou por 61 votos a 20 a destituição” (ANSA).