O leilão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) realizado ontem (24) na empresa B3, antiga B&F Bovespa, na capital paulista, terminou com 31 lotes arrematados em 20 estados brasileiros.
Não receberam propostas os lotes 12 (Maranhão e Tocantis), 16 (Piauí e Maranhão), 17 (Rio Grande do Sul) e 24 (São Paulo).
As concessões são para a construção, operação e manutenção de 7,4 mil km de linhas de transmissão e subestações com 13,2 mil megavolt-ampere (MVA). As instalações entram em operação no prazo de 36 a 60 meses. A soma das Receitas Anuais Permitidas (RAP) dos lotes é R$ 2,7 bilhões e os vencedores recebem essas receitas pela prestação do serviço por 30 anos.
O maior deságio do leilão, de 58,86%, ocorreu no lote 10, que tem 10 linhas que servirão para cidades no Rio Grande do Sul. A vencedora foi a Saterlite Power, por R$ 34,5 milhões. Entre os resultados, o valor mais alto do leilão foi o do Consórcio Columbia por R$ 267,3 milhões, com deságio de 33,24%, no lote 1. O objetivo é reforçar o fornecimento de energia ao Mato Grosso do Sul e o escoamento da Hidrelétrica de Itaipu.
A Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista (CTEEP) arrematou quatro lotes. Com lance de R$ 18,3 milhões e deságio de 32,2%, o lote 5 ajudará o norte e noroeste do Paraná, com 36 km de linhas e uma subestação com 500 MVA. A companhia também venceu o lote 6, com lance de R$ 46,1 milhões e deságio de 44,51%. O lote tem uma subestação em São Paulo, que servirá como compensação reativa para os sistemas de 440 e 500 quilovolts do estado (ABr).