O Ministério da Justiça divulgou uma nota oficial em resposta às críticas do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, a “vazamento seletivo” de dados protegidos por sigilo fiscal da investigação que envolve o nome dele.
O ministério afirmou que a determinação do ministro José Eduardo Cardozo é de que, em todo e qualquer caso em que ocorra a violação do dever legal de sigilo (vazamento ilegal), sejam abertos inquéritos policiais.
No texto divulgado por sua assessoria de imprensa, Cunha também atacou Cardozo por, de acordo com ele, não ter solicitado a apuração dos vazamentos relacionados ao seu caso. De acordo com o ministério, no entanto, “causa espécie, no caso, a crítica do presidente da Câmara”, uma vez que o pedido de apuração foi feito a Cardozo pelo chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, e a determinação de abertura de inquérito visa apurar vazamento em que, em tese, o próprio Cunha também seria vítima.
“Todavia, caso o presidente da Câmara entenda que ainda existam vazamentos ilegais que exijam a abertura de novos inquéritos, poderá, como o tem feito em vários outros casos, representar ao ministro da Justiça pleiteando a abertura de investigação que julgar devida”, afirmou a pasta (AE).