A Justiça Federal em Goiás condenou a 10 anos e sete meses de reclusão o ex-presidente da Valec, José Francisco das Neves, o Juquinha, por formação de quadrilha e lavagem de dinheiro – R$ 20 milhões decorrentes de superfaturamento nas obras da Ferrovia Norte-Sul.
Além de Juquinha, foram sentenciados a mulher dele, Marivone Ferreira (9 anos e dois meses de reclusão), e um filho do casal, Jader (7 anos e quatro meses de reclusão).
Em sua sentença, o juiz federal Rafael Ângelo Slomp, da 11.ª Vara Federal de Goiás, condenou ainda Juquinha, a mulher e o filho ao pagamento de multas. Os três réus foram condenados ao pagamento de reparação pela prática do crime de lavagem de dinheiro no valor mínimo de R$ 20 milhões. Também ao perdimento de bens imóveis em favor da União.
De acordo com a ação penal ajuizada pelo MPF em Goiás em junho de 2013, entre os anos de 2003 e 2011 – período em que Juquinha ocupou a presidência da Valec, “houve extraordinário crescimento do patrimônio familiar sem a respectiva correspondência com fontes de rendas declaradas”. Os réus podem recorrer da sentença em liberdade (AE).