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Juiz da Lava Jato condena dono da Engevix

em Destaques
segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

O juiz federal Sérgio Moro, que conduz as ações da Operação Lava Jato na primeira instância, condenou ontem (14), o empresário Gerson de Mello Almada, dono da Engevix, a 19 anos de prisão por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

“A prática do crime de corrupção envolveu o pagamento de R$ 15.247.430,00, um valor expressivo. Um único crime de corrupção envolveu pagamento de cerca de cinco milhões em propinas”, apontou Moro na sentença.
Segundo a denúncia do MPF, a empresa Engevix Engenharia S/A simulou contratos de prestação de serviços com empresas controladas pelo doleiro Alberto Youssef, GFD Investimentos, MO Consultoria e Empreiteira Rigidez, “repassando a ele os recursos criminosos obtidos com os antecedentes crimes de cartel e ajuste fraudulento de licitação”. Waldomiro de Oliveira, controlador das empresas MO Consultoria e Empreiteira Rigidez, teria auxiliado Alberto Youssef. “Os valores lavados eram ulteriormente destinados à Diretoria de Abastecimento, comandada por Paulo Roberto Costa”, aponta a denúncia.
Foram absolvidos os executivos Newton Prado Junior, Luiz Roberto Pereira e Carlos Eduardo Strauch Albero “de todas as imputações, por falta de prova suficiente de que agiram com dolo” e Enivaldo Quadrado “da imputação de lavagem de dinheiro, por falta de prova suficiente de autoria para condenação”. O juiz deixou de condenar Waldomiro de Oliveira. Carlos Alberto Pereira da Costa, que trabalhava para Youssef, foi condenado a dois anos de prisão (AE).