O juiz federal Sérgio Moro condenou ontem (2) o ex-marqueteiro do PT, João Santana, e sua mulher, a publicitária Mônica Moura, a oito anos e quatro meses de prisão pelos crimes de lavagem de dinheiro no âmbito da Operação Lava Jato.
De acordo com a sentença, “a lavagem de dinheiro envolveu especial sofisticação, com a constituição de off-shore no exterior, a utilização dela para abertura de pelo menos uma conta secreta no exterior e o recebimento e a ocultação nela do produto da corrupção”.
Também foram condenados o engenheiro Zwi Skornicki (pelos crimes de corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa), com pena reduzida pela delação, e o ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, (10 anos por corrupção passiva), o ex-gerente geral da área internacional da Petrobras, Eduardo Musa, (corrupção passiva e organização criminosa), o ex-diretor presidente da Sete Brasil, João Carlos Ferraz (corrupção passiva e organização criminosa), ambos também com pena reduzida pela delação.
De acordo com a denúncia do MPF, Zwi transferiu recursos para Mônica e Santana por meio de contas no exterior em nome de offshores não declaradas às autoridades brasileiras, de forma a dificultar ainda mais a identificação da operação ilícita e de seus titulares. A denúncia aponta a transferência de US$ 4,5 milhões a Santana e Mônica por crimes cometidos diretamente contra a Petrobras. Esse valor correspondia a um montante maior destinado ao PT em decorrência da participação no esquema instaurado (ABr).