O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) deve fechar agosto com alta de 0,41% após os preços na capital paulista caírem marginalmente (-0,01%) em julho, conforme estimativa do coordenador do índice, André Chagas.
Em junho, o indicador havia subido 0,05%. Segundo ele, as principais pressões neste mês devem vir de energia elétrica, com impacto altista de 0,22 ponto porcentual, e de combustíveis, que devem produzir efeito positivo de 0,17 ponto no índice.
No caso de energia, a elevação estimada de 6,6% em agosto considera o reajuste de 5,5% anunciado pela Eletropaulo em julho, assim como a adoção da bandeira amarela no mês passado, que só são captados no IPC quando efetivamente aparecem nas contas dos consumidores. Há também impacto de 0,03 ponto da revisão da alíquota de PIS/Cofins sobre as faturas de luz da Eletropaulo.
A gasolina deve continuar o movimento de elevação já observado na última quadrissemana de julho, quando subiu 0,28%, de queda de 2,40% na terceira leitura do mês. “A política de revisão de preços da Petrobras não impediu a inflação da gasolina”, disse Chagas. O etanol, contudo, continuou recuando (-1,14%, de 3,89% na terceira quadrissemana) mesmo com elevação do tributo, já que a cana de açúcar está no meio da safra, segundo o coordenador.
A previsão dele é que ambos os combustíveis subam 5,97% em agosto, já considerando a redução de R$ 0,08 na alíquota o PIS/Cofins sobre o etanol nas distribuidoras. Alimentação, por outro lado, deve continuar a segurar a inflação, pois deve seguir mostrando baixa de preços, embora em menor intensidade. Chagas estima queda de 0,19% para o grupo depois de recuo de 0,26% em julho. Os principais itens a contribuir com a redução no segmento são os semielaborados, enquanto os industrializados e os in natura devem subir mais em agosto (AE).