
Vice-presidente do SERAC orienta quem quer garantir crescimento e longevidade escolhendo o sócio ideal
Escolher um sócio para um negócio vai muito além de uma parceria comercial. A decisão pode ser determinante para o crescimento ou o fracasso. Sócios com habilidades complementares, alinhamento de valores e uma gestão colaborativa tendem a construir negócios mais sólidos e sustentáveis no longo prazo. No entanto, muitas empresas não se atentam a esse fator e acabam enfrentando desafios que poderiam ser evitados com uma escolha mais criteriosa.
Segundo um levantamento do Sebrae, 50% das empresas no Brasil fecham as portas em até cinco anos. Um dos fatores determinantes para esse cenário é a falta de sintonia entre os sócios, o que pode levar a conflitos internos, má gestão e dificuldades na tomada de decisão. Já um estudo da Harvard Business School mostra que cerca de 90% dos líderes de alto desempenho, independentemente do perfil, possuem alta inteligência emocional, o que sugere uma forte correlação entre esse fator e o sucesso na comunicação e trabalho em parceria.
Para Jhonny Martins, vice-presidente do SERAC, hub de soluções corporativas referência nas áreas contábil, jurídica, educacional e de tecnologia, um dos principais cuidados na formação de uma sociedade é a avaliação da compatibilidade entre os perfis dos sócios. “Nem sempre um amigo ou um ex-colega de trabalho será o parceiro ideal para um negócio. A complementaridade de habilidades é fundamental para que cada sócio atue em sua área de maior competência e, juntos, contribuam para o crescimento da empresa”, afirma.
Como identificar um sócio complementar?
Uma das estratégias mais eficazes para avaliar a compatibilidade entre potenciais sócios é o uso de metodologias de análise comportamental, como o perfil DISC, que categoriza os indivíduos em quatro grandes grupos de comportamento: Dominância, Influência, Estabilidade e Conformidade. Essa ferramenta ajuda a identificar como cada sócio pode contribuir para o negócio e como os diferentes perfis podem se equilibrar na gestão da empresa.
Além disso, testes de personalidade, como o MBTI (Myers-Briggs Type Indicator), também podem ser úteis para entender melhor a dinâmica entre os futuros sócios, evitando conflitos e garantindo uma gestão mais fluida. “Empresas bem-sucedidas costumam ter uma combinação equilibrada entre sócios estrategistas e sócios executores, garantindo que a visão do negócio seja acompanhada por uma forte capacidade de implementação”, explica Jhonny Martins.
O executivo ressalta que, além da complementaridade de perfis, é fundamental que um sócio tenha os mesmos objetivos para o futuro do negócio. “Sócios que compartilham a mesma visão para a empresa tendem a tomar decisões mais coesas e a evitar conflitos que possam prejudicar a operação. Também é fundamental haver confiança e transparência na relação”, avalia Jhonny Martins.
Confira cinco critérios fundamentais para escolher um bom sócio, segundo o vice-presidente do SERAC:
• Alinhamento de valores e visão: Certifique-se de que o potencial sócio compartilha os mesmos valores e objetivos de longo prazo para o negócio.
• Habilidades complementares: Escolha alguém que traga competências que você não possui, agregando valor à gestão da empresa.
• Confiança e transparência: Estabeleça uma relação baseada na confiança mútua e na clareza sobre responsabilidades, metas e divisão de lucros.
• Compatibilidade de personalidades: Avalie se os perfis comportamentais são compatíveis para garantir uma convivência produtiva e harmoniosa.
• Visão de futuro alinhada: Assegure-se de que ambos os sócios têm expectativas semelhantes em relação ao crescimento e à direção da empresa.