O ministro Moreira Franco, da Secretaria-Geral da Presidência da República, descartou prejuízo ao processo de votação da PEC da Previdência por causa dos protestos e paralisações contrários às reformas trabalhista e previdenciária.
“Há uma consciência muito forte de que é preciso que nós enfrentemos a questão da reforma da Previdência. Se não tomarmos alguma medida urgente, vamos ter no governo federal o mesmo quadro do Rio de Janeiro, onde temos visto drama e desespero de pensionistas e aposentados que não estão recebendo”, disse em entrevista à Rádio CBN.
Questionado sobre se o governo não deveria convencer sua própria base da necessidade das mudanças na Previdência, já que o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros, tem se colocado contrário às reformas, Moreira Franco disse que não responde a provocações do senador. O ministro ainda reforçou que a medida é importante para tirar o País da “maior crise econômica da história” e recuperar a capacidade de gerar empregos.
Sobre a autorização do STF para investigar o seu envolvimento na Lava Jato, com base nas delações da Odebrecht, Moreira Franco disse que ainda não foi autorizada a abertura de inquérito, e sim que estão havendo levantamentos para ver se há necessidade de abrir inquérito. No caso da sindicância que foi aberta na Comissão de Ética da Presidência para investigar suas atitudes e dos ministros Eliseu Padilha e Gilberto Kassab, Moreira Franco argumentou que a investigação foi baseada em conjunto de suposições tirada de jornais (AE).